domingo, 28 de outubro de 2012

Excesso de optimismo ?

“O cenário macroeconómico do Governo aponta para uma queda do PIB de 1% no próximo ano. Números que foram estimados durante a quinta avaliação da troika e que, segundo o chefe de missão do FMI, não necessitam de ser revistos. A taxa de desemprego deverá ser de 16,4%. Ambas as estimativas já foram consideradas optimistas.”

Previsões do governo

         2012                                               2013
PIB  -3                                                                -1
Inflação 2,8                                                        0,9
Desemprego 15,5                                               16,4
Saldo externo (% PIB) -1,1                                1
Défice (% do PIB) 5                                           4,5
Despesa pública (% PIB) 45,6                           46,8
Carga fiscal e contributiva (% PIB) 34,9            36,8

8 comentários:

  1. As previsões são optimistas porque provavelmente não se irão verificar. Como se viu no orçamento do ano anterior as previsões ficaram áquem do que era suposto atingirem.
    Com a nossa economia cada vez mais em recessão o desemprego provavelmente ira continuar a aumentar e não vai ser possível atingir o número de 16,4%. Beatriz Morais

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  2. Através desta notícia, podemos verificar um optimismo por parte do governo, pois o quadro económico podia ser bem pior. Uma das consequencias será a diminuição da inflação e um aumento do saldo externo, que são dois pontos positivos para o nosso país. Por outro lado, temos um aumento do desemprego (que não para de aumentar), um aumento do défice, uma quebra no PIB e o aumento da despesa pública e da carga fiscal e contributiva.
    Estes valores traduzem-se pela recessão da economia. O PIB diminuirá, uma vez que haverá menos consumo/poder de compra das famílias e daí menos produção. Como o poder de compra será menor, os preços serão mais baixos, logo haverá menos inflação. As empresas, ao produzirem menos, precisarão de menos factores de produção, logo o desemprego vai aumentar. Tudo isto constitui um ciclo.
    É importante combater o desemprego, aumentar as exportações, diminuir as importações, reduzir a despesa pública, diminuir as emigrações e incentivar a imigração, para que possamos ter mais produção e mais crescimento economómico, entre várias outras maneiras de socorrer Portugal desta crise.

    Marina Reis
    nº19

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  3. A estrutura económica portuguesa encontra-se actualmente bastante frágil. O valor do PIB é negativo, o desemprego continua num nível elevadíssimo, défice de 5 % do PIB e, mesmo em período de recessão, em que se espera deflação, assistimos a inflação que em 2012 tem o valor de 2,8%.
    Se já um indicador económico influencia o valor de outro indicador, pois todas as actividades económicas são interdependentes e complementares, imagine-se o resultado de termos todos os indicadores com valores muito pouco agradáveis. Encontramo-nos num ciclo negativo da economia e quebrá-lo é uma tarefa difícil, por isso pergunto-me também se as previsões para 2013 não serão optimistas.
    Estes valores da previsão serão reais se o Governo implementar novas medidas, talvez investir em políticas de emprego ou na formação e qualificação de trabalhadores agrícolas. O objectivo dessas medidas seria diminuir a taxa de desemprego e aumentar a produtividade do país, ou seja, contornar e ir revertendo o ciclo económico negativo.
    Apesar das condições não serem as mais favoráveis, nós portugueses, também devemos manter o optimismo. O país não crescerá economicamente num curto prazo, nem nenhuma medida que se tome irá ter reflexos tão rápidos, mas aos pouquinhos e pouquinhos, entraremos de novo num ciclo económico positivo. O importante é não perder a esperança.

    Catarina Castela

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  4. Portugal atravessa atualmente um momento importante e que será crucial para o seu futuro. O governo, por forma a cumprir com as medidas impostas pela Troika (Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia), teve que adotar uma politica económica muito recessiva. Esta politica visa permitir a Portugal cumprir com o plano de resgate que nos foi feito e poder voltar aos mercados internacionais no futuro por forma a poder financiar-se normalmente.
    Esta política recessiva tem, está claro, grandes custos sociais, nomeadamente o problema do desemprego que conforme está previsto (e numa ótica otimista) deverá rondar os 16,40 %. Assim, este governo tem pela frente uma tarefa nada fácil, uma vez que tem que conseguir conjugar as metas impostas pela Troika (politicas de recessão) e tentar apesar disso conseguir que a economia portuguesa saia da recessão.
    O cenário macroeconómico esperado é otimista, na medida em que a queda do PIB, de apenas 1% no próximo ano, depois de uma queda de 3% este ano, depende do comportamento de variáveis tais como o saldo externo, o qual por sua vez depende das exportações para países que, como Espanha, por exemplo, apresentam quedas acentuadas do seu crescimento. Se as exportações são cruciais para a melhoria do cenário, por sua vez, a queda do investimento e do consumo internos, em Portugal, podem contribuir para reforçar a queda do PIB, acentuando o excesso de otimismo da avaliação do governo.
    A redução esperada da despesa pública, se por um lado, representa uma melhoria em termos dos indicadores do setor público, por outro lado pode contribuir para uma diminuição do consumo, da produção e do emprego, acentuando a recessão.
    São portanto necessárias medidas de estímulo ao investimento para uma retoma do crescimento.

    Rita Patrício

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  5. Na minha opinião, estas previsões também me parecem muito optimistas. Para o ano 2013, não será possível obter estes resultados. O facto do desemprego apresentar valores tão elevados, prevê-se que o poder de compra das famílias venha a diminuir mais, logo o consumo será menos estimulado e a produção terá uma queda ainda maior.
    Estas previsões são directamente influenciadas pelas medidas implementadas pelo governo.
    Na minha perspectiva, as exportações serão um indicador decisivo, visto que o consumo nacional tem maior tendência para diminuir. Também o apoio às pequenas e médias empresas e a criação de condições favoráveis ao investimento estrangeiro podem ser medidas a ter em consideração.
    Nádia Silva nº21

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  6. A noticia fala de uma queda no PIB de 1%. Logo o facto da economia portuguesa não cescer não é possivel melhorar as finaças do estado pois com menos produção, menos receita.
    O desemprego continua a aumentar e isso contribuiu para a diminuição do poder de compra das familias e isso leva a uma queda fiscal. Na minha opniao portugal nao tem motivos para estar optimista.

    João Sá Nº16

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  7. Actualmente, Portugal está a atravessar uma severa crise económica. Para conseguirmos sobreviver a estes difíceis tempos, é então necessária a aplicação de várias medidas de austeridade. Estas medidas foram-nos impostas pela Tróica (Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia) que em conjunto com o Estado português estabeleceram a melhor maneira de Portugal cumprir com o plano de resgate e poder voltar aos mercados internacionais de forma a poder novamente financiar-se.
    No entanto estas medidas implementadas só foram possíveis criar com base em números, em previsões (fornecidas através do estudo de situações anteriores da economia nacional). Através da Contabilidade Nacional. É através da Contabilidade Nacional que o Estado estima então os números económicos do próximo ano. Contudo cresse que estas estimativas sejam optimistas e na opinião é verdade. Portugal esta a implementar varias medidas de austeridade porém, continua a ter inúmeros problemas a nível da balança comercial (importando mais do que exporta), aumentando não só a despesa nacional mas desfavorecendo também produtores nacionais.
    Penso então que esta estimativa é optimista, mas não impossível se para além da implementação destas medidas se invista também no investimento e produção nacionais.

    Sara

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  8. As previsões positivas feitas pelo FMI em relação ao PIB e ao desemprego deveram-se principalmente aos progressos notáveis nos últimos 18 meses em termos de reformas estruturais, com grandes sacrifícios e grande determinação da parte do povo português. Mas é de salientar que a dívida do país ainda é elevada, e precisa de ser contida para assegurar a plena recuperação. Precisando de restaurar ainda a sua capacidade de se auto-financiar a taxas razoáveis.

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