terça-feira, 19 de fevereiro de 2013



As cinco razões de Krugman a favor da subida do salário mínimo

Aumentar o salário mínimo é uma boa política de Obama? "A resposta, talvez surpreenda, é um claro sim", diz Krugman.

O reputado economista Paul Krugman acredita que a proposta de aumentar o salário mínimo nos EUA é uma "boa política" do Presidente Barack Obama. Na sua coluna de opinião no The New York Times, o Nobel da Economia explica as razões.
"O Presidente pediu um aumento do salário mínimo dos 7,25 dólares por hora para 9 dólares, com as subsequentes subidas em linha com a inflação. A questão é: Isto é uma boa política? E a resposta, talvez surpreenda, é um claro sim", começa por referir Krugman. "Há fortes razões para acreditar que o tipo de aumento do salário mínimo que o presidente está a propor teria efeitos extremamente positivos", frisa.
Antes de mais, diz o economista, o nível actual do salário mínimo é muito baixo, depois de nas últimas quatro décadas os aumentos do salário mínimo terem consistentemente ficado atrás a inflação. "Em termos reais, o salário mínimo actual é substancialmente menor do que era na década de 1960. E enquanto isso, a produtividade do trabalhador dobrou. Não é tempo para um aumento?", pergunta Krugman.
E prossegue: "Podemos argumentar que, mesmo que o salário mínimo actual pareça baixo, subindo-o, custaria empregos". Mas, continua Krugman, este é um dos aspectos mais estudados na economia que "aponta para poucos ou nenhuns efeitos negativos do aumento do salário mínimo sobre o emprego."

Para Krugman, "o principal efeito de um aumento do salário mínimo é um aumento do rendimento dos norte-americanos que trabalham muito, mas recebem pouco".

Por fim, o economista enfatiza a importância do salário mínimo na interacção com outras políticas destinadas a ajudar os trabalhadores com baixos salários".

Por isto, Krugman considera que a proposta de Obama é "boa para a economia", tendo o "apoio de uma esmagadora de eleitores, incluindo a grande maioria das auto-identificadas mulheres republicanas (mas não homens)".


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Brasileiros desistem dos Estaleiros de Viana


Económico com Lusa
05/02/13 09:37



O grupo russo RSI Trading ficou sozinho na corrida à venda dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo.

Isto porque os brasileiros da Rio Nave desistiram do negócio, avançou a Lusa citando fonte governamental.

A Rio Nave, um dos dois grupos seleccionados para a última fase da reprivatização dos ENVC, já comunicou a intenção de "não manter" a proposta pelos ENVC, face à "indefinição" de Bruxelas em autorizar a conclusão do negócio.

A venda da empresa está suspensa desde Dezembro devido a pedidos de esclarecimento apresentados pela Comissão Europeia ao Governo português por dúvidas na atribuição de apoios estatais aos ENVC de 180 milhões de euros.

Hoje elementos dos ministérios das Finanças e da Defesa têm uma reunião na Comissão Europeia a propósito deste processo de investigação.

O objectivo passa por convencer as autoridades comunitárias da necessidade de "concluir rapidamente" a venda da empresa e "salvaguardar os postos de trabalho", adiantou a mesma fonte.

Apesar deste impasse, o grupo RSI Trading já confirmou o prolongamento por mais um mês da validade da proposta, que entretanto expiraria, o mesmo não acontecendo, com os brasileiros da Rio Nave.

"Estamos na corrida e vamos continuar. Mas esta incerteza não é nada positiva e vemos com preocupação a degradação das condições da empresa e da força anímica dos trabalhadores", explicou à Lusa Frederico Casal-Ribeiro, representante em Portugal dos interesses dos russos RSI Trading.

Em 2012, aquele grupo anunciou que, em caso de vitória neste concurso, pretendia avançar com um plano de modernização da empresa para permitir "um aumento da produtividade e competitividade dos estaleiros", reconhecendo que os ENVC poderão voltar a ter mais de mil trabalhadores, face aos atuais 625.

A empresa RSI Trading integra a Corporação Financeira da Rússia, do magnata Andrei Kissilov, e a entrada no concurso da reprivatização dos ENVC insere-se nos planos de expansão do grupo.

Catarina Araújo  nr.6 11ºG