sábado, 3 de novembro de 2012

Função Pública adere à greve

Os trabalhadores da Administração Pública vão aderir à greve geral do dia 14 de novembro, contra os cortes anunciados pelo Governo.
 
O Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) anunciou hoje uma greve dos trabalhadores da Administração Pública a 14 de novembro, o mesmo dia da paralisação convocada pela CGTP contra as medidas de austeridade.
Em comunicado, o STE adianta que os seus associados se pronunciaram "por larga maioria" a favor de uma greve nacional, "porque não é possível continuar a assistir sem agir ao delírio de medidas penalizadoras de quem trabalha e, de modo especial, de quem trabalha na Administração Pública, com uma incompreensível sanha persecutória".
Na base do protesto dos trabalhadores da Função Pública estão medidas como o corte de um mês de salário (um subsídio), o corte de, em média, 5% nas remunerações superiores a 1500 euros, o congelamento de promoções e progressões, a redução do valor das pensões e alteração da idade de reforma e o alargamento dos descontos às horas extraordinárias e suplementos remuneratórios.
Também criticadas pelo sindicato são a diminuição do pagamento do trabalho extraordinário (para valores "abaixo do sector privado"), a redução em 10% na remuneração base diária para baixas médicas a partir do 4.º e até ao 30.º dia, o corte, para metade, do valor das licenças extraordinárias dos trabalhadores em mobilidade especial e as alterações ao IRS.
Segundo o STE, os trabalhadores da Administração Pública perderam, em termos reais, "entre 11 e 17,5%" em 2012 e "14 a 26,9%" entre 2010 e 2012.

12 comentários:

  1. Podemos associar esta notícia à optica do rendimento, que nos permite saber como é que estes são repartidos pelos agente económicos.
    Com as constantes alterações na economia, há cada vez mais revolta por parte de todos os agentes económicos, que se vêm forçados a demonstrar a sua revolta através de manifestações, greves, entre outros.
    Para dia 14 de Novembro está prevista mais uma greve, desta vez por parte da função pública. Já são habituais as greves da CP, e esta contitui mais uma barreira para a evolução da economia.
    Há várias razões para as greves e, desta vez, prendem-se com as novas medidas implementadas pelo governo, que são elas o corte de um mês de salário (um subsídio, o que faz grande diferença no rendimento de uma família), o corte de, em média, 5% nas remunerações superiores a 1500 euros, o congelamento de promoções e progressões, a redução do valor das pensões e alteração da idade de reforma e o alargamento dos descontos às horas extraordinárias e suplementos remuneratórios.
    Com as sucessivas greves, vários trabalhadores sairão prejudicados, logo, na minha opinião, não é uma boa alternativa, pois se queremos contribuir para sair da crise e lutar para que haja crescimento económico, não podemos parar, impedindo que as pessoas possam ir para os seus trabalhos (como com a greve dos comboio), que os próprios funcionários não trabalhem no dia da greve, havendo um corte no salário nesse dia, entre outros aspetos.
    Já vimos que as greves, na grande maioria das vezes, não fazem com que hajam alterações por parte do governo, mas as alterações pela paragem de trabalho por parte da função pública vai-se reflectir no crescimento e no rendimento.

    Marina Reis nº19

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  2. Em relação às greves acho fundamental analisar isto em duas perspectivas: em primeiro lugar temos a causa da greve e em segundo lugar as consequências.
    Compreendo bastante bem o motivo dos trabalhadores quererem fazer greve. As condições só por si estão cada vez mais difíceis e a perda de subsídios, o aumento de taxas e a diminuição das remunerações acabam por ser a explosão total. Não se pode esperar que a população portuguesa ultrapasse esta crise com tantos cortes e é normal a revolta dos activos, que ao verem o seu dinheiro cair nas mãos do Estado, não lhe encontram nenhuma utilidade. Como se irá mostrar então toda esta revolta? É necessário mostrar o descontentamento ou o Estado continuará a efectuar mais cortes. A melhor maneira para dizer “Basta!” é através de algo tão dramático como as greves e as manifestações.
    Se pensarmos, por outro lado, nas consequências fazer greve nem sempre parece o mais acertado. É de calcular que quando há greve não há produção e não haver produção é um factor bastante alarmante. É certo que no final do dia 14 de Novembro os telejornais vão anunciar o dinheiro perdido pelo país pela não-produção e irá ser um valor calculado em milhões.
    Resumindo a situação temos que: os trabalhadores fartos dos cortes decidem fazer greve para demonstrar a sua revolta e o resultado disso é a perda de dinheiro no país. E o que é que constitui o dinheiro do país? O dinheiro de todos nós, dos trabalhadores. Se pensarmos bem toda esta situação acaba por se tornar em algo irónico, pois o objectivo das greves é demonstrar o desagrado dos trabalhadores e evitar mais cortes nas remunerações, enquanto a própria greve obriga o Estado a pedir mais dinheiro aos trabalhadores, uma vez que o país não produziu num dia e perdeu dinheiro com isso.

    Catarina Castela

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  3. De um modo geral, podemos tirar pontos positivos e negativos acerca das greves.
    Como sabem o nosso país está a atravessar uma situação complicada e as condições para se viver são cada vez piores. Devido ao corte de um mês de salário (um subsídio), o corte de, em média, 5% nas remunerações superiores a 1500 euros, sendo isto só alguns exemplos de cortes feitos pelo o Estado, a população portuguesa vê-se obrigada a mostrar o seu descontentamento e impaciência perante estas medidas e a maneira mais fácil de o fazer é através das greves e manifestações.
    Porém as greves, não são sempre a maneira mais acertada pois também têm consequências. Conseguimos perceber que, quando há greve não existe qualquer produção e isso leva a que o país fique com menos dinheiro o que leva a outras consequências. Com a paragem do país, muitos outros trabalhadores saem prejudicados pois ,por exemplo, muitas vezes não há comboios e assim trabalhadores que não quiseram aderir á greve não vão puder ir trabalhar porque não têm meio para.
    Podemos concluir que as greves da Função Pública têm impactos negativos para o país, e isso reflete-se no rendimento nacional e no crescimento do económico do país.

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  4. O Orçamento do Estado aprovado na última 5ª feira, dia 31 (de Outubro) resume-se numa simples palavra: AUSTERIDADE.

    E qual é a resposta do povo à AUSTERIDADE? "BASTA". Os portugueses estão cada vez mais fartos dos cortes que nunca chegam à despesa do Estado excepto nos vencimentos dos Funcionários Públicos.

    E deste "BASTA" surgem as greves e manifestações que nenhum efeito têm deixando o povo ainda mais deprimido.
    Mas a culpa das greves e manifestações não terem efeito é deste mesmo povo que ou não participa nos plenários e piquetes das greves ou quando o faz parte para a violência perdendo toda a credibilidade e razão que poderia ter.

    A situação do país está má, ninguém nega mas os governantes fazem o melhor que podem e se não concordam com eles não é só dizer que discordam, é necessário apresentar alternativas de medidas para recuperar as contas públicas do país estejam elas desequilibradas por culpa própria ou de outrem.

    Portugal tem de reaprender a poupar, a criar o que necessita para a sua sobrevivência porque os salários estão baixos mas vão continuar a baixar e lamentavelmente não há nada que nenhuma greve ou manifestação possa fazer contra isso.

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  5. Na prática, as medidas de austeridade não variam de ano para ano: cortes de subsídios, cortes de ordenados, redução de pensões e reformas, etc. No entanto, pelo meu ponto de vista e o de muitos portugueses, a situação económica de Portugal não apresenta melhorias. Por isso, é compreensível o agendamento de inúmeras greves e manifestações nos dias de hoje.
    Portugal é hoje um dos países da Europa com horários de trabalho diário mais prolongados, contudo os ordenados continuam a sofrer cortes.
    Mas, se o país não produzir qualquer riqueza num dia, como irá a economia evoluir? É certo que, se grande parte da população aderir a esta greve dia 14 de Novembro, o país irá perder bastante dinheiro. Então se o país perde dinheiro com greves e manifestações, porque continuam os portugueses a fazê-las?

    Daniela, nº 8

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  6. Há vários anos a ser diabolizada por vários governos encontram-se numa encruzilhada em que mais valia lutarem por uma melhor comunicação que fizesse o público em geral despertar para uma situação muito dificil que estes profissionais atravessam. As greves não lhes vão valer de nada. Estas greves fazem perder razão, vencimentos e não ajudam os FP em nada. Aliás diria mesmo que num momento em que por todo o lado se ouve a população em geral a colocar em causa a própria Constituição talvez não seja este o caminho para ganhar a sua confiança e ajuda.

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  7. Uma greve de funcionários públicos, além dos impactos sobre a produção, afeta a vida de grande parte da população, principalmente dos mais pobres, que não têm meios de substituir os serviços públicos por outros privados. Por essa razão, as greves do funcionalismo público tendem a ser muito criticadas, enfatizando-se os prejuízos que causam. A crise económica recente e as medidas de austeridade tomadas tiveram grande impacto sobre o rendimento dos trabalhadores em geral e especialmente sobre a dos funcionários públicos, que enfrentam cortes de ordenados e subsídios, além de outros cortes e aumentos de taxas e impostos. Os funcionários públicos portugueses estão entre os europeus mais atingidos pelas medidas de austeridade. Os salários e ordenados caíram mais do que aqueles do setor privado, o que gerou um sentimento de desvalorização entre os funcionários públicos portugueses que pode vir a afetar a qualidade dos serviços públicos. É neste contexto que temos de analisar a greve anunciada e a estratégia dos líderes dos sindicatos que organizam um movimento de contestação, perto do Natal, aproveitando o ambiente político de uma greve geral, que inclui outros tipos de trabalhadores.

    Rita Patrício

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  8. Como sabemos, a situação económica actual é bastante grave. E como tal, em todas as crises financeiras existem consequências...
    A greve é um direito de todos os cidadãos,mas os efeitos da greve irão originar menor produção, logo deveria ser uma medida devidamente ponderada pelos trabalhadores. Concordo em absoluto com a Rita em relação ao sentimento dos trabalhadores públicos. Mas como é evidente, no privado, as empresas estão a fazer cortes e a reduzir custos de forma a pagarem os impostos, que consequentemente aumentaram.
    Na minha opinião, os argumentos dos sindicatos e dos funcionários públicos são válidos, porque vão afectar as suas vidas a todos os níveis, mas basta de nos lamentarmos. Como a Ana disse, não basta criticar apenas o governo, aquele que nós escolhemos para nos representar, temos de apresentar outras propostas e sermos pro-activos. A história mostra-nos que é possível superar crises financeiras. Com mais empenho e sacrifício, vamos ultrapassar este momento.
    Nádia Silva nº21

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  9. Como já sabemos Portugal (e grande parte do Mundo) está a atravessar um período de severa crise económica. Para reagir a esta crise o governo português implementou então varias medidas de austeridade com vista a reduzir a despesa nacional.
    No entanto, uma grande massa do povo português não concorda com estas medidas, realizando então manifestações e greves para mostrar o seu descontentamento.
    Na minha opinião existem duas maneiras de ver estes cortes realizados pelo Governo. A primeira, é concordando com o Estado, e concordar com estes cortes, considerando que os gastos irão diminuir e que a divida externa vai lentamente ser paga através do dinheiro que não está a ser despendido em outras actividades.
    Por outro lado, podemos considerar estas medidas como um entrave ao desenvolvimento económico do país e por isso um factor negativo para a necessidade de pagar a divida externa (menos produção, menos dinheiro). Este é também um ponto a considerar, em campanha para presidente dos EUA, Mitt Romney afirmou que uma das medidas que estava a considerar realizar passava pela redução dos impostos a grandes empresas. Penso que esta é também uma possibilidade para fugir à crise.
    Com a redução dos impostos, existirá uma maior produção e um maior investimento, consequentemente existirá um maior número de exportações e poderá acontecer que diminua o número de pessoas desempregadas. Todos estes factores irão contribuir então para o aumento do PIB, e para a criação de capital nacional.
    Sara

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  10. As medidas de auseridade implementadas pelo governo para tentar resolver a crise sao duras e levam os portugueses a cada vez mais fazerem sacrificios cada vez maiores.
    Hoje em dia sempre que a populaçao se encontra descontente com uma medida tomada pelo governo decide convocar uma greve. Esta palavra ..."greve" é algo frequente no nosso dia a dia devido ao estado da economia portuguesa.
    As greves têm o seu lado positivo, o facto de mostrarem ao governo desagrado e revolta pela situaçao actual que se vive.
    Mas a meu ver, o lado negativo das greves é muito superior ao lado positivo, e porque? Porque sempre que temos uma greve geral o pais "pára" ou seja nao se produz, ou seja a nossa economia nao evoluiu e se as coisas já estao mal, estas paragens só pioram e so levam portugal cada vez mais para a tão falada "banca rota".
    Se queremos mudar decerto nao vai ser a convocar greves todos os meses. Temos de produzir e tentar fazer com que Portugal resolva a crise e volte a ser um pais autonomo, que não necessita de ajuda externa.

    João Sá Nº16

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  11. O Orçamento do Estado de 2012 apresentado pelo Governo pretendia impor aos portugueses uma ultra-austeridade, que exigia sacrifícios brutais, em especial aos trabalhadores da Administração Pública, provocando um acentuado aumento do desemprego, da pobreza e da exclusão. Desta forma a Administração Pública decidiu aderir a greve, de dia 14 de Novembro, de forma a mostrar o seu desagrado em relação as decisões tomadas pelo Estado. Sim é verdade, a greve é um direito de todos, mas apenas quando é realizada a pensar nas suas consequências! Todas as pessoas que aderirem e esta greve, devem e têm que ter a noção que vão parar o país durante um dia, criando menos de 1/3 da riqueza habitual. E se atingir a saúde, a segurança pública e a educação? Todas as greves deixam suas marcas! E quais serão as de dia 17 de Novembro?

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  12. É importante que a população manifeste o seu descontentamento. No entanto, manifestarem-se sem que apresentem soluções, ou novas propostas não nos levará a lado nenhum. Neste momento o que Portugal precisa é efectivamente um consenso nacional. Onde todos juntos consigamos definir e traçar um caminho contra a austeridade. Aderir á greve é legítimo de quem trabalha, principalmente aqueles que têm o sentido de responsabilidade. Mas com a adesão à greve não estão a contribuir para a produção do país. Ou seja, o país deixa de produzir e perde dinheiro.
    Em relação aos cortes na função publica, deixa o povo com menos poder de compra e/ou mais consciente na compra de certos bens e serviços. Pegando no ponto da diminuição do puder de compra dos portugueses, vai fazer com que ainda mais empresas fechem as portas e mais pessoas fiquem desempregadas e assim agravar o PIB do nosso país.
    A fase pela qual Portugal está a atravessar actualmente, já a atravessou no passado por várias vezes e acabou sempre por recuperar com mais ou menos esforços. No entanto, é bom que sejam identificados os pontos onde se errou, para que os mesmos erros não se repitam consecutivamente vezes sem conta. Há que ser positivo, e acreditar que o nosso país ainda tem futuro e que daqui a uns anos (uns bons largos anos) tenhamos superado toda esta austeridade que nos é exigida. Que as gerações vindouras não cometam os mesmos erros, que estejam informados sobre a História do país.
    Catarina Araújo

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