domingo, 27 de maio de 2012


Desemprego em Portugal passa os 16% no próximo ano
Económico com lusa
22/05/12  9:00


“A taxa de desemprego em Portugal vai continuar a bater recordes e atingirá os 16,2% em 2013, segundo previsões hoje divulgadas pela OCDE.
A taxa de desemprego em Portugal vai continuar a bater recordes e atingirá os 16,2% em 2013, segundo previsões hoje divulgadas pelo Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
Nestas projecções, as mais pessimistas relativamente a 2013 até agora divulgadas por instituições internacionais, a OCDE projeta uma recessão mais forte e mais prolongada do que a esperada pelo Governo.
Num capítulo do seu "Outlook" dedicado à economia portuguesa, a OCDE prevê que o PIB continuará "a cair até meados de 2013", o que levará a um "aumento adicional do desemprego".

A OCDE espera assim que este ano a taxa de desemprego chegue aos 15,4%, aumentando para 16,2% no ano seguinte.

Tanto o Governo como a 'troika' esperam uma taxa de desemprego menor este ano (na ordem dos 14,5%), e uma quebra (embora ligeira) em 2013.
No entanto, o Executivo e a 'troika' têm-se mostrado surpreendidos com a subida do desemprego, superior ao que seria de esperar tendo em conta a evolução da atividade económica. O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, anunciou que o Governo está a trabalhar numa nova análise do desemprego e que em breve irá publicar novas estimativas da sua evolução.
Segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística, a taxa de desemprego chegou aos 14,9% no primeiro trimestre.”


Catarina Araújo 10ºG Nº5

9 comentários:

  1. A taxa de desemprego é um indicador importante da dinâmica do mercado de trabalho. O aumento da taxa de desemprego em Portugal tem relação direta com a recessão e a queda do PIB. Numa recessão há não apenas perda de postos de trabalho como também não se criam novos, o que aumenta o desemprego. A crise financeira iniciada em 2008 teve profundos reflexos na economia portuguesa.

    A economia portuguesa em 2011 sofreu a interrupção do acesso a financiamento de mercado e o início da aplicação do programa definido pela Troika.

    O processo de ajustamento dos desequilíbrios acumulados na economia portuguesa traduziu-se, em 2011, numa queda de 1.6 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). As medidas de ajustamento e a disciplina orçamental limitaram o crescimento e contribuiram para a recessão, aprofundando o desemprego. As projeções para 2012-2013 apontam para a continuação deste processo de contração das atividades, destacando-se a queda acentuada do consumo privado, dada a deterioração do rendimento disponível das famílias.

    O emprego nas economias capitalistas (de mercado) depende das expectativas dos empresários quanto ao futuro, do investimento e do consumo. Em Portugal, estes fatores tanto são afetados pela deterioração das condições globais como pelos efeitos negativos da consolidação orçamental já que o mau desempenho das contas públicas afeta a confiança. O comportamento do PIB reflete uma contração de todas as componentes da procura interna, o que tem impactos diretos sobre o emprego.

    Rita Patrício

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  3. Portugal está a passar por uma face de recessão económica, estando cada vez mais pessoas a serem despedidas devido a empresas que fecham, situações involuntárias, etc., por isso cada vez há mais dificuldade em arranjar emprego devido á falta de postos de trabalho e crise económica atual.
    A qualificação da população é o principal fator competitivo das economias nas sociedades atuais, sendo considerado uma variável decisiva para compreender o aumento do desemprego em Portugal.
    Como todos nós sabemos a qualificação da população portuguesa é das mais baixas da Europa.
    O desemprego nos jovens tem sido um fator que preocupa grande parte da população portuguesa. Estes têm maior dificuldade em encontrar emprego devido ao excedente de formados para dos diferentes e poucos postos de trabalho (que tem vindo a diminuir ao longo dos anos), à falta de criação de emprego e principalmente à falta de formação dos jovens. Além disso é muito mais difícil entrar num mercado do que já lá estar presente.
    Relativamente a faixa etária dos idosos, o desemprego não é tão acentuado, mas contribuindo com uma boa parte devido à dificuldade em adaptar-se as mudanças de emprego (novas tecnologias…), à dificuldade na procura de um novo emprego devido à sua idade e à antecipação da saída do mercado de trabalho (pré-reformas);
    O desemprego é um fator que leva à criação de riqueza do país, estando diretamente envolvido na diminuição das receitas do Estado e da Segurança Social, bem como no aumento das despesas com a proteção social, mas sobretudo porque multiplica o risco de pobreza dos indivíduos e famílias por ele afetadas é um fator de enorme importância.
    A iniciativa privada deve desenvolver condições para criação de emprego, nomeadamente atribuição de benefícios fiscais (redução de impostos), às PME que são fonte de emprego.

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  4. "(...)a OCDE projeta uma recessão mais forte e mais prolongada do que a esperada pelo Governo.(...)",
    "(...)a OCDE prevê que o PIB continuará "a cair até meados de 2013", o que levará a um "aumento adicional do desemprego". (...)"

    Maus resultados nos dão esta notícia sobre o desemprego. Todos nós já fazemos grandes esforços e sacrifícios pela crise actual e é difícil de imaginar como será viver no próximo ano, onde, segundo a notícia, se assistirá a um aumento do número de desempregados.
    Para além de ser bastante complicado para a população geral que irá ver o seu poder de compra a descer, será também bastante complicado para o Estado que neste âmbito vai receber menos dinheiro (menos pessoas a trabalhar significa menos pessoas a descontar) e terá maiores encargos com os subsídios de desemprego.
    Obviamente podemos calcular que quanto menos dinheiro o Estado tiver, mais dificuldades o país e os portugueses terão, pois isso significa que o Estado terá menos dinheiro para investir em hospitais, escolas, postos policiais, bombeiros e para comparticipar em alguns medicamentos que compramos na farmácia quando estamos doentes. Por isso podemos concluir que esta notícia é uma má notícia para Portugal.

    Catarina Castela

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  6. E diziam os nossos governantes que já se vivia um situação de recuperação económica... Como é isto possível se o PIB continua a diminuir e, por consequência, o desemprego a aumentar?!

    O desemprego actualmente deriva de causas conjunturais, ou seja, advém da recessão económica que Portugal ultrapassa. E tal como já se disse inúmeras vezes, estes valores de desemprego (16,2% segundo a previsão da OCDE) trazem muitos prejuízos e encargos não só para os que ficam efectivamente desempregados mas também para toda a sociedade em geral.
    Para os desempregados pois, muitos deles são já de longa duração (desempregados à 12 meses ou mais) e já deixaram, por isso, de receber apoios do Estado.

    Mas se formos a analisar bem, percebemos agora que as transferências sociais internas concedidas pelo Estado, neste caso o subsídio de desemprego, resultam dos impostos que as pessoas e as empresas pagam.
    Com isto, na minha opinião criam-se grandes injustiças sociais pois se há desempregados que não trabalham porque não podem (por questões físicas, por exemplo) também há aqueles que simplesmente preferem não trabalhar e ficar a viver dos subsídios que a Segurança Social lhes dá. Em bom português andam os nosso pais a matar-se a trabalhar para os mandriões viveram do trabalho dos outros.

    Para demonstrar como esta é uma situação que preocupa a sociedade civil em geral, deixo-vos aqui o link de uma crónica do Ricardo Araújo Pereira da sua rubrica "Mixórdia de Temáticas" na Comercial do dia 17/Maio/2012 http://www.youtube.com/watch?v=xckPwytem-4

    É uma forma diferente de perceber toda a matéria dada a até agora (desemprego, consumo, poupança, qualificação profissional, etc.). E se as previsões da OCDE se cumprem e o desemprego continuar a aumentar desta forma não será tão ridículo como parece pensar numa situação assim...

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  7. Esta noticia da-nos conta das disparidades de projecções entre a OCDE e o Governo. Tais disparidades que podem estar relacionados com a utilização de variáveis diferentes e/ou a utilização de dados mais recentes por parte da OCDE.
    Por isso pode-se afirmar que estes dados devem ter surpreendido negativamente o governo,e que deverão ter em conta o que vulgarmente se domina por efeito dominó.
    Ou seja, se atendermos à situação de redução da procura interna bem como a recessão do mercado espanhol,que é o nosso principal exportador, então facilmente podemos concluir que o efeito dominó poderá acelerar o desemprego a nível nacional.
    Logo,neste enquadramento importará realçar duas situações:
    As autoridades nacionais e internacionais devem fazer uma motorização mais "apertada" deste fenómeno;
    E, independentemente do valor da taxa, que historicamente será um marco na economia portuguesa, exigirá medidas de combate fortes,nomeadamente via a promoção de iniciativas,visando assim o crescimento económico.
    Nádia Silva nº21 10g

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  8. Portugal ultrapassa, actualmente, um periodo de recessão económica. Prevê-se que, em 2013, a taxa de desemprego seja de 16,2%, um valor brutal, tendo em conta que em cada 100 pessoas, cerca de 16 estarão desempregadas. Isso contribuirá para a diminuição da produtividade das empresas, o que levará a que muitas vão à falência, afectando o crescimento economico do nosso país. Outras empresas poderão substituir a mão-de-obra por maquinarias (desemprego tecnológico), mas certamente que neste periodo não há capital para tal, embora esta substituição faça com que se produza mais, com menores custos de produção.
    Portugal continua a desenvolver-se, mas cada vez a ter um crescimento económico menor, devido a factos como o aumento da taxa de desemprego.
    Aliando o elevado número de desempregados, temos o aumento generalizados dos preços dos bens e serviços (inflação) a aumentar cada vez mais. A população também tem vários impostos para pagar, e estes são cada vez mais, pois a troika implementa impostos com vista a minimizar estes problemas que estamos a ultrapassar. Porém, na minha opinião, estes não me parecem fazer efeito...
    O desemprego é um fenómeno social, e como sabemos, os fenómenos sociais gerão outros, isto é, haverá um aumento de outros fenómenos como a criminalidade, entre muitos outros. É importante ter em conta este acontecimento.
    Concluindo, as receitas da Segurança Social e do Estão diminuirão, haverão, consequentemente, cortes no sector da saúde (o que é absurdo, pois é um serviço indispensável para a população e até para o desenvolvimento do país e crescimento do PIB), cortes no sector da educação, etc.
    Mas se até 2013, a taxa de desemprego atingirá valores tão elevados (actualmente a taxa é de cerca de 13% e já são os valores mais elevados de sempre) será que nos anos seguintes esta continuará a crescer ? É necessário outro tipo de austeridade por parte da troika, não apenas impostos atrás de mais impostos...

    Marina Reis n20

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  9. Portugal está a atravessar um período recessivo com consequências a nível do emprego. Podendo criar-se um círculo vicioso pois, com o aumento do desemprego as contribuições para a segurança social diminuem. E os impostos sobre os rendimentos das pessoas também.
    Por outro lado as despesas com encargos sociais do estado aumentam tais como o subsídio de desemprego. Alem disso a procura interna diminuirá, provocando problemas para as empresas produtoras, podendo obrigar a diminuição de empregados.
    Uma das medidas que pode travar este ciclo é a atribuição de incentivos fiscais às empresas de modo a não terem que despedir empregados. No entanto estes benefícios fiscais diminuem a recita do Estado.

    Sara

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