domingo, 20 de maio de 2012

10% dos trabalhadores portugueses ganham Salário Mínimo

Cerca de dez por cento dos trabalhadores portugueses ganha o Salário Mínimo Nacional (SMN), percentagem que tem vindo a aumentar nos últimos quatro anos, contrariando a tendência do anterior quadriénio.

De acordo com um documento sobre o SMN enviado na terça-feira pelo Ministério da Economia aos parceiros sociais, a percentagem de trabalhadores a receber esta remuneração passou dos 6 por cento em 2007 para os 10,5 por cento em 2010.
Em 2010 o SMN era de 475 euros e em 2011 passou para os 485 euros, que se mantém em vigor.
"Constata-se que nos últimos quatro anos, tem vindo a aumentar significativamente a percentagem destes trabalhadores", reconhece o Governo no documento que vai ser levado à discussão na concertação social, na sexta-feira.
Entre 2003 e 2006, pelo contrário, a percentagem de trabalhadores a ganhar o SMN tinha baixado dos 6,2 por cento para 4,5 por cento.
A maioria das pessoas que recebe o SMN trabalha no imobiliário (15,5 por cento), no alojamento e restauração (16,4 por cento) e noutras actividades de serviços (20,5 por cento).

por Lusa16 Maio 2012

10 comentários:

  1. Como vimos na matéria anterior o salário é a remuneração que um trabalhador recebe por executar um serviço, esse valor salarial pode variar de acordo com as suas funções desempenhadas (que exigem diferentes níveis de formação e de qualificação), a dimensão (maior ou menor produtividade da empresa) da empresa, do sector, do ramo de actividade económica, da localização, com do sexo do trabalhador e da sua idade.
    O salário mínimo é o valor mais baixo de salário que os empregadores podem legalmente pagar aos seus funcionários pelo tempo e esforço gastos na produção de bens e serviços. Geralmente os indivíduos afectados pelo salário mínimo são aqueles que têm menos formações e qualificações.
    Desde 2011 que o salário mínimo português tem o valor de 486 euros mensais, causado pelo congelamento do aumento dos salários (mínimos), devido aos graves problemas financeiros que o país atravessa e também devido ao acordo feito com a Troika quando foi feito o pedido de ajuda externa.
    Em todo o Mundo milhões de famílias estão a ser atingidas pelos baixos salários, mas principalmente as famílias portuguesas, que ao longo desta crise, estão a ser muito afectadas pelos baixos salários que não têm acompanhado o crescido da inflação ou das taxas de juro. Portugal tem um problema social muito característico: muitas “pessoas trabalham e são pobres”. Trabalhar e ao mesmo tempo e ser pobre é uma situação, que caracteriza socialmente o nosso país, assim, com demonstra que os salários mínimos nacionais são “demasiado baixos” para todas as necessidades das famílias (sustentar uma família, pagar as contas, comprar roupas, comprar comida, e ainda pagar os impostos que não são pequenos).

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  2. O salário é a remuneração monetária atribuida mensalmente ao trabalhadores, de acordo com o trabalho prestado no seu local de trabalho. Existe o salário nominal (que é a expressão monetária da força de trabalho, isto é, a quantidade de moeda atribuída de acordo com o trabalho prestado) e o salário real (quantidade de bens e serviços que um salário nominal pode comprar). O salário pode ser direto ou indireto, de acordo com o tipo de trabalho efectuado.

    Como sabemos, o salário é repartido em tradução do trabalho e das qualificações de cada trabalhador. Normalmente, são os trabalhadores com menos formação e qualificações que recebem o salário mínimo, e por isso constituem uma "pequena" parte do total, uma vez que cada vez mais as pessoas têem mais qualificações, até porque as empresas exigem, com o passar dos tempos, mais qualificações dos seus trabalhadores, devido a factores como o desenvolvimento teconológico. Os trabalhadores têm de acompanhar as evoluções do mercado, e para isso têm de ter capacidades para tal.

    Aliando o salário mínimo ao aumento da inflação, verificamos uma diminuição do poder de compra por parte dos consumidos, e uma deslocação, consequentemente, da curva da procura.
    Os trabalhadores nunca recebem o equivalente ao seu trabalho, recebem sempre mais.
    Porém, o numero de pessoas a receber o SMN tem vindo a aumentar devido, por parte, à situação actual do mercado.

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  3. Esta notícia mostra-nos bem que um dos grandes problemas de Portugal tem uma causa estrutural, sendo o baixo nível de formação da população portuguesa.

    Já vimos e já foi inclusive mencionado neste blog, que um dos factores importantes para inverter a crise é aumentando o nível de produtividade dos trabalhadores portugueses, conseguindo nós assim vantagens competitivas face aos outros países e conseguindo assim o tão ambicionado crescimento do PIB.

    No entanto, pelos dados estatisticos que temos sobre o SMS ( salário mínimo nacional ) , a percentagem de trabalhadores que o recebem cresceu no ultimo quadriénio. Os trabalhadores que recebem o SMN são na sua grande maioria os trabalhadores que têm menos qualificações sendo também os que têm níveis de produtividade inferior, assim é importante inverter esta situação como já conseguimos entre 2003 e 2006.

    Rita Patrício

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  4. O salário mínimo consiste no valor mais baixo de salário que os empregadores podem legalmente pagar aos seus funcionários pelo tempo e esforço gastos na produção de bens e serviços. Existem diversas opiniões sobre as vantagens e desvantagens do salário mínimo. Alguns acreditam que aumenta o nível de vida dos trabalhadores e reduz a pobreza, enquanto outros dizem que, se for alto o suficiente para ser eficaz, pode aumentar o desemprego, especialmente entre os trabalhadores com menores qualificações e consequentemente com menor capacidade de exercer funções que exijam mais conhecimentos e/ou soft skills (termo sociológico relativo ao Quociente de Inteligência Emocional- habilidades que complementam as hard skills relacionadas com o QI de cada pessoa. Ex.: a capacidade de comunicação) prejudicando assim os trabalhadores menos qualificados para o benefício dos mais qualificados.
    No caso português, o salário mínimo nacional é ,desde 2010,de 475 euros por mês (14 meses- subsídios de férias e Natal) ou 554 euros (12 meses), existindo no entanto divergências nas Regiões Autónomas da Madeira e Açores. Em 2011, cerca de 400 mil trabalhadores tinham o salário mínimo como remuneração em Portugal aproximadamente o dobro do valor de 2006, pois verificou-se um aumento do SMN, a descida dos salários dos jovens a “estrear-se” na vida activa e a acentuação da recessão económica vivida no nosso país e consequentemente, a necessidade de ajuda externa.
    Os baixos salários afectam muitas famílias, que não têm conseguido acompanhar o crescimento da inflação. Muitas exercem uma actividade remunerada mas continuam a ser ‘pobres’. Assim, posso concluir que os SMNs não são suficientes para satisfazer todas as necessidadesdas famílias.

    Inês Bragança e Marta nº13

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  5. Esta notícia e estes valores só vêm confirmar aquilo que já todos suspeitamos à muito tempo: que a população portuguesa possui poucos rendimentos devido aos salários serem baixos, principalmente os salários reias (salários que traduzem o poder de aquisição de bens e serviços dos salários nominais).
    Mas esta notícia traz um facto mais alarmante consigo e desse nem todos estávamos certamente cientes: o número de trabalhadores a receber o salário mínimo aumentou nos últimos 4 anos. Isto deve-se, claro está, à recessão económica vivida no país. Como também já sabemos o desemprego tem crescido muito e, por causa disso, existe actualmente muita mão-de-obra disponível o que provoca uma redução do valor dos salários. Os trabalhadores preferem trabalhar e receber salários baixos do que simplesmente não os receber. E claro os patrões debilitados pela falta de financiamentos e vendas aproveitam-se disso e passam a contratar apenas para o salário mínimo alguma mão-de-obra já mais qualificada que noutras circunstâncias receberia mais.
    Por outro lado na notícia é ainda referido que há disparidades no valor dos salários consoante, entre outras coisas, o género e o sector de actividade.
    Como podemos ver nesta notícia do Sol "A Constituição da República Portuguesa consagra o principio de «salário igual para trabalho igual» mas as mulheres portuguesas ganham em média menos de 19 por cento de salário base que o homens.
    São também as mulheres que representam a maioria dos trabalhadores que auferem o Salário Mínimo Nacional, 14,4 por cento, enquanto para os homens essa percentagem é de 7,5 por cento."
    Quanto às diferenças por sector não me surpreendem até porque nestes sectores (imobiliário, restauração e alojamento) os salários nem sempre são constituídos apenas pela componente fixa. São aliás sectores onde tradicionalmente se ganham comissões e gorjetas que nem são contempladas aquando do pagamento de impostos.
    Conclui-o por isso que estes valores podem não traduzir a situação real das famílias portuguesas mas tenha ela que valores tiver a sua situação é dramática e não pode de todo ser posta de parte por quem nos representa (os políticos do Governo).

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  6. Sendo o salário mínimo "o valor mais baixo de salário que os empregadores podem legalmente pagar aos seus funcionários pelo tempo e esforço gastos na produção de bens e serviços", tal como a Carolina disse, aqueles com menor qualificação profissional serão os mais vulneráveis a receber o valor do salário mínimo, apesar da distribuição do rendimento não depender apenas de qualificações profissionais de cada um. Tal como foi explicado em aulas passadas, a distribuição do rendimento poderá também depender da idade, do sexo, da dimensão da empresa e do ramo da actividade.
    Se as empresas tendem a baixar o valor salarial que atribuem a cada trabalhador (devido aos vários custos que estas pagam e por as mesmas não venderem tanto devido, talvez, à crise), acaba por aumentar a percentagem de trabalhadores a ganhar o salário mínimo.

    Daniela, nº 7

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  7. Este comentário foi removido pelo autor.

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  8. Como vimos através desta notícia, o número de portugueses que ganham o salário mínimo aumentou, e são já cerca de 10% que levam para casa apenas 485 euros por mês. E eu pergunto-me como é que se consegue viver ganhando tão pouco? Eu acho que a resposta é simples: sacrifício.
    Na minha opiniao, tendo em concideraçao o numero de desempregados que ha neste momento, as pessoas que recebem o salario minimo podem se considerar previlegiados por estarem a trabalhar e a receber dinheiro.
    Pela pesquisa que fiz percebi que as mulheres são quem mais ganha o SMN, mas em termos setoriais há mais mulheres a receber esta remuneração nos texteis e vestuário e os homens representam 7,5 por cento dos trabalhadores que recebem o SMN
    Penso que este indicador tambem demonstra a realidade que se vive hoje em Portugal. Há muita gente com formaçao superior incluindo jovens desempregados que se sujeitam a oferir o salario minimo nacional em vez de continuarem no desemprego.

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  9. Todas as notícias que têm sido apresentadas pelos nossos colegas são apenas exemplos de impactos da crise económica na nossa sociedade. Esta não passa de outro desses exemplos.

    A baixa qualificação profissional aleada com a crise levam a que várias empresas repensem nos seus trabalhadores, se estes devem permanecer nos seus postos de trabalho, se devem continuar com o mesmo salário, etc…

    Quando uma empresa se depara com a crise vê-se obrigada a alterar os seus custos de modo a não gastar tanto. Uma forma de o fazer é através do despedimento de funcionários.
    Na minha opinião este aumento do número de pessoas a receber o SMN deve-se ao facto de quando são realizados despedimentos numa empresa, os mais afectados serão as pessoas com menos qualificações (e consequentemente menor salário) pois a sua produtividade é inferior. Isto fazer-nos-ia pensar que o número de pessoas que recebem o salario mínimo deveria diminuir. No entanto, apos os despedimentos, as empresas aplicam outras “medidas de austeridade”, entre elas a diminuição de salários. Esta diminuição de salários fará com que as pessoas que antes não recebiam o SMN, fiquem agora sujeitos a recebe-lo, aumentando assim o número de pessoas a receber o SMN. Contudo como estas pessoas têm mais qualificações que as que anteriormente foram despedidas o seu salario não deve ser igualmente baixo, daí o SMN ter aumentado.

    Sara

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  10. Todas as notícias que têm sido apresentadas pelos nossos colegas são apenas exemplos de impactos da crise económica na nossa sociedade. Esta não passa de outro desses exemplos.

    A baixa qualificação profissional aleada com a crise levam a que várias empresas repensem nos seus trabalhadores, se estes devem permanecer nos seus postos de trabalho, se devem continuar com o mesmo salário, etc…

    Quando uma empresa se depara com a crise vê-se obrigada a alterar os seus custos de modo a não gastar tanto. Uma forma de o fazer é através do despedimento de funcionários.
    Na minha opinião este aumento do número de pessoas a receber o SMN deve-se ao facto de quando são realizados despedimentos numa empresa, os mais afectados serão as pessoas com menos qualificações (e consequentemente menor salário) pois a sua produtividade é inferior. Isto fazer-nos-ia pensar que o número de pessoas que recebem o salario mínimo deveria diminuir. No entanto, apos os despedimentos, as empresas aplicam outras “medidas de austeridade”, entre elas a diminuição de salários. Esta diminuição de salários fará com que as pessoas que antes não recebiam o SMN, fiquem agora sujeitos a recebe-lo, aumentando assim o número de pessoas a receber o SMN. Contudo como estas pessoas têm mais qualificações que as que anteriormente foram despedidas o seu salario não deve ser igualmente baixo, daí o SMN ter aumentado.

    Sara

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