domingo, 3 de junho de 2012

Combate à pobreza é o maior desafio dos timorenses

O combate à pobreza, que ainda atinge 41 por cento da população, é um dos maiores desafios das autoridades de Timor-Leste que celebram domingo o 10.º aniversário da restauração da independência do país.
Segundo números das Nações Unidas, 41 por cento da população timorense vive com menos de um dólar por dia e os mais pobres estão localizados fora da capital timorense, no interior do país, onde o desenvolvimento tarda a chegar.
Timor-Leste tem pouco mais de um milhão de habitantes e 21,4 por cento da população vive na capital, que conheceu um grande progresso nos últimos anos e onde o acesso aos bens e ao emprego é mais facilitado.
Apesar disso, Díli ainda apresenta uma série de fragilidades ao nível do saneamento básico e da habitação, que se tornou precária, por não chegar para todos.
Com uma aposta séria no sector eléctrico, considerado fundamental pelo governo para o desenvolvimento, em finais de 2011, a costa norte de Timor-Leste passou a ser abastecida por luz pública, mas à costa sul, mais atrasada, só deverá chegar durante este ano.
Na educação, Timor-Leste conseguiu que mais de 400 mil jovens e crianças entre os três e os 18 anos de idade frequentassem a escola, segundo dados dos serviços de estatística timorenses relativos a 2010.
No sector da saúde, os indicadores dos últimos 10 anos revelam que 78 por cento das crianças são tratadas em relação a doenças básicas, 86 por cento das mães recebem cuidados pré-natais e que a incidência das mulheres mal nutridas desceu 29 por cento.
Os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio foram alcançados no que se refere às taxas de mortalidade de crianças com menos de cinco anos e às taxas de mortalidade infantil.
Na economia, os números do Fundo Monetário Internacional apontam para uma previsão de crescimento económico em 2012 na ordem dos 10 por cento, com o país a manter reservas no Fundo petrolífero superiores a dez mil milhões de dólares.
Em 2002, Timor-Leste era a nação mais pobre do sudeste asiático, equiparada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento ao Ruanda. Actualmente, tenta descolar da lista dos países de rendimento baixo.
Lusa/SOL

7 comentários:

  1. Timor-leste é um país que tem lutado e muito pela sua independência, e mesmo agora, já depois de ter conseguido ganhá-la politicamente ainda tem muitas "frentes em que batalhar" pois como vimos na notícia é um país que, economicamente, é extremamente dependente do exterior: não tem unidades produtivas nem consegue criar serviços exportáveis logo todos as suas necessidades são satisfeitas através da importação. E como sabemos isto traz graves consequências para Timor pois fomenta o desequilíbrio da balança comercial e endivida o país com os empréstimos que necessita contrair para poder comprar todos os bens importados de que precisa.
    Durante a apresentação tinha também sido diagnosticado outro problema com o qual mesmo Portugal e os países europeus mais desenvolvidos deveriam resolver: "Os vencimentos praticados em Timor-leste continuam a ser nominalmente superiores aos praticados noutros países na região o que constitui uma desvantagem para o investimento no sector privado, perdendo assim ainda mais competitividade internacional. O mais grave é que, em termos sociais, os vencimentos reais em Timor-Leste não são mais altos do que nos países vizinhos, o que de imediato nos diz que o poder de compra dos timorenses é efectivamente inferior."
    Sim, não é só em Timor isto acontece porque na generalidade dos países os salários nominais não acompanham a subida da inflação fazendo com que o salário real da população baixe, traduzindo-se isto na perca de poder de compra. É um dos factores pelos quais se assiste a uma crise global: o mundo era consumista e de um momento para o outro viu-se sem dinheiro e, por isso, contraí créditos para continuar com os mesmos padrões de consumo até que atinge o colapso, entra em falência total e depois precisa da ajuda dos super-heróis da Troika para os defender do mal.
    Que Timor-Leste supere os seus problemas e se torne como a China num país emergente e super-potência mundial mais que não seja porque é uma ex-colónia portuguesa e "O que é Português é bom".

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  3. O combate à pobreza de que a ONU tanto fala mas que pretende regular (minimizar) com caridades não pode estar dissociado do combate à corrupção. A corrupção, o autismo, a incompetência, o roubo, são os principais causadores da pobreza em Timor-Leste. A maior corrupção está no aparelho do Estado, no governo de Xanana Gusmão. Se assim não fosse era gratificante que a ONU conseguisse explicar como foi possível que muitos indivíduos timorenses e estrangeiros chegasse a Timor-Leste praticamente só com a roupa que levavam vestida e agora possuam riqueza que a avaliar pelo que exibem não pode ter sido conseguida com os ordenados que recebem. Mas sobre isso a ONU diz quase nada ou mesmo NADA.

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  4. Timor Leste é um país subdesenvolvido, mas como grande potêncial para aumentar a sua riqueza e o seu desenvolvimento. Já obteu a sua independência, agora resta melhorar as condições do país e da população em geral.
    Timor encontra-se numa área extraordinária para a pratica do turismo, e esta actividade tem um enorme peso no PIB, o que levaria a que a riqueza desta país crescesse.
    Neste país há uma má repartição dos rendimentos. Como foi referido, a capital é bastante desenovolvida, mas as outras cidades não, havedo péssimas condições, e as pessoas não têm poder de compra, apenas vivem, alguns, com 1 dollar por dia.
    É importante apostar na educação da população e principalmente no setor da saúde.
    Por haver pouca produtivavidade neste país, as pessoas são obrigadas a importar, o que leva a uma balança comercial deficitária.
    Além disso, o salário nominal, e conseuqentemente o salário real das pessoas em geral, é muito baixo, e nestes casos sim, era necessária mais austeridade!

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  5. Timor tornou-se independentemente à relativamente pouco tempo, mas tem todas as condições para evoluir positivamente. Em 10 anos, foram criadas melhores condições no sector da educação e da saúde, tendo mesmo atingido o objectivo do milénio, em relação à taxa da mortalidade.
    Mas este cenário de desenvolvimento, estende-se maioritariamente à capital. No interior, as pessoas vivem com muitas dificuldades, sem qualquer apoio do Estado.
    Na minha opinião, esta situação é "normal" numa democracia que foi instaurada à tão pouco tempo. Se nós recorrermos à História, ela mostra-nos que em muitos países aconteceu a mesma situação. As áreas urbanas são sempre as que despertam mais atenção, porque para além de ter maior número de habitantes, dispõem das estruturas base para o desenvolvimento. Mas mais, neste tipo de países, "pobres", como Timor ou S.Tomé, é necessário que o governo seja estável, competente e não seja corrupto. Só desta forma poderá desenvolver-se nos próximos 15 anos.
    A melhor maneira de fazer isso é apostar em potenciais recursos como o café e o mar. Através do mar, podem dinamizar a área do Turismo, que envolve a restauração, a hotelaria, o lazer, a cultura...etc.
    Desta forma, irão ter rendimentos suficientes para investir no desenvolvimento de infraestruturas e das populações(ou capital humano), que actualmente tem um peso gigante no crescimento económico( ou seja, no aumento da produtividade das empresas)
    Nádia Silva nº21 10G

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  6. Timor apenas teve a sua independência em Agosto de 1999. Timor é um país subdesenvolvido, com as consequências, características e o atraso desse tipo de países. Assim é necessário, como em todos os países subdesenvolvidos, uma alteração total. No artigo lemos que o Governo está a investir na educação e na saúde, o que pode originar daqui a uns anos que a população timorense tenha um bom nível de qualificação profissional. A somar a isto, é um país que tem matérias-primas, petróleo. Recurso esse, que se for bem gerido e o produto da sua venda for canalizado para o bem-estar da população timorense poderá fazer com que daqui a uns anos consiga ser um pais não subdesenvolvido. Infelizmente, como foi exposto na apresentação, Timor tem um nível de corrupção muito elevado (característica de um país subdesenvolvido). Assim, espera-se que num futuro próximo a riqueza do país seja utilizada para melhorar o bem-estar da população, com investimentos na saúde, educação e infraestruturas e não desviada para os “bolsos” de alguns corruptos.

    Rita Patrício

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  7. Timor atingiu a independência no seu sentido literal e correcto, mas será realmente um país independente ? Timor é um país pobre, com pouco investimento e desenvolvimento, sendo que tem pouca autonomia e, pela sua falta de auto-suficiência, acaba por importar bastantes produtos do exterior. Está portanto dependente deles.
    Para quebrar esta dependência, Timor precisa de produzir bens que satisfaçam as necessidades do seu povo. No entanto, para o processo de produção ser de facto produtivo, é necessário investimento na educação e qualificação dos trabalhadores, subsídios às empresas e redução de alguns impostos que incentivem a continuação da produção por parte das empresas.
    Apesar de estas medidas exigirem o gasto de dinheiro por parte do Estado,serão medidas que certamente estarão a contribuir para o crescimento económico do país e o seu desenvolvimento. A longo prazo os seus resultados estarão à vista.

    Catarina Castela

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