sábado, 1 de outubro de 2011

Portugal e Grécia na União Europeia ( Noticia da Semana de 30 de Setembro a 7 de Agosto )



Portugal cedeu à União Europeia em 1986 tendo  modernizado o país  e  deu-lhe voz no panorama internacional.
No entanto há economistas que não concordam com esta entrada de Portugal na UE assim com a da Grécia.
O economista norte-americano Kenneth Rogoff afirmou que "Portugal e a Grécia nunca deviam ter sido admitidos na Zona Euro", considerando inevitável uma reestruturação da dívida grega, e também da portuguesa.
Rogoff afirmou ainda que os políticos europeus não querem ouvir falar de uma eventual insolvência da Grécia "porque não têm um plano para estancar o incumprimento, mas a posição dos governos europeus não é credível, porque a Grécia não poderá cumprir os seus compromissos".
 E se a Grécia cair, na opinião do professor de economia na Universidade de Harvard, "aumentará o receio de não se poder aguentar Portugal e a Irlanda, e as preocupações estender-se-ão à Espanha e à Itália", advertiu Rogoff.

Outro "guru" das finanças internacionais, George Soros, defendeu, em artigo publicado, que para resolver a crise das dívidas soberanas "é preciso considerar a hipótese" de a Grécia, Portugal e a Irlanda já não poderem pagar as suas dívidas e terem de deixar o euro.
Mas para isso, acrescentou Soros, "terá de haver uma mudança radical de paradigma, sobretudo na Alemanha, porque os alemães continuam a pensar que ainda estão em condições de decidir se devem apoiar o euro ou não, o que é um grave erro".

Trabalho feito por: Tiago Dias nº24     10ºG

12 comentários:

  1. Acerca do comentário de Rogoff, "Portugal e a Grécia nunca deveriam ter sido admitidos na zona Euro", eu tenho de discordar, porque na minha opinião, o problema não foi o facto de Portugal ou da Grécia terem entrado na zona Euro, o problema vem de muito atrás, da própria criação do euro, pois esta resultou apenas na desvalorização da antiga moeda, como por exemplo, o escudo. É claro que o Euro tornou o comércio entre os países ingressados na União Europeia muito mais simples e eficaz, mas será que valeu a pena?

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  2. Durante a apresentação do Tiago, ele referiu que alguns economistas pensam que se a Grécia cair a primeira decisão que irão tomar é a de comprar titulos da dívida pública portuguesa.
    Eu acho que é errado pensar assim, pois o mais certo é que isso não aconteça. A Grécia, ao cair, irá tomara a decisão mais acertada que é vender todos os titulos que tem de Portugal, livrando-se assim de ficar economicamente mais pobre, pois é lógico que com a queda da Grécia não tardará muito até que aconteça o mesmo a Portugal.
    Ass: Carolina Rodrigues

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  3. De certa forma até se compreende que a queda da Grécia e de Portugal, afecte de certa forma o resto da Europa,mas para prevenir isso, Portugal e Grécia deviam desfazer-se dos bens que menos precisam, caso de carros de luxo que são oferecidos aos principais membros de um certo partido, sempre que esse ganha as eleições, pois à conta de favores deste género Portugal tem vindo a degradar-se cada vez mais. Pois no fundo a economia é um género de jogo,género do poker, pois nos momentos altos temos que apostar tudo o que temos para duplicarmos ou triplicar-mos o que temos e nos momentos baixos o melhor é desistir e não gastar nem um cêntimo.

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  4. Quanto à opinião dos "Gurus" da Economia é exagerada. A adesão de Portugal, Grécia e Irlanda à União Europeia não foi um erro, mas sim uma circunstancia momentânea. Concordo com o comentário do Hugo. Em tempo de crise e estagnação dos mercados internacionais, em que Portugal deixou de ser um mercado atractivo, deve haver alguma contenção nos gastos públicos. Há que saber quando e como gastar o dinheiro dos contribuintes, de preferência em coisas úteis e encarar a crise como um problema sério, como controlar o défice.
    Catarina Araújo

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  5. Se Portugal ou a Grécia pretendessem entrar na zona euro nesta situação económica, não entrariam, mas no inicio a sua situação era favorável, conseguindo o seu lugar.
    A Grécia, antes de entrar em crise, exagerava na utilização do seu dinheiro, também devido ao facto do salário mínimo ser tão alto.
    Se a Grécia cair, não haverá ninguém para "ajudar" Portugal e a Irlanda, e seguem-se a Itália e a Espanha, que já deram sinais de uma grande crise.
    Talvez seria melhor Portugal voltar a ter uma moeda própria, o escudo, e fazer com que esta tenha grande valor face às outras.

    Marina Reis

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  6. O economista norte-americano Kenneth Rogoff afirmou que “Portugal e a Grécia nunca deviam ter sido admitidos na Zona Euro”.
    Não concordo com esta alegação. Claro que Portugal e a Grécia deviam e fizeram muito bem em ter aderido à União Europeia.
    A comunidade europeia tem países com níveis de desenvolvimento e capacidades produtivas em estágios diferentes.
    Mas como sabemos, também existem várias assimetrias entre os vários estados do EUA e existe uma moeda única em todos esses estados (USD). Afinal, trata-se do mesmo país, sendo que como tal existe um banco central único e uma política fiscal única e coesa para todos os estados.
    Assim sendo, o problema com a União Europeia é haver uma moeda única, mas não haver uma união política que permita a tomada de decisões centralizadas que permita a continuidade da moeda única.
    Pode ser que com esta crise se dê mais uns passos nesse sentido.

    Hoje tivemos conhecimento desta notícia:
    “Merkel defendeu hoje a adopção de uma "acção conjunta" europeia para recapitalizar a banca, já na próxima cimeira de 17 e 18 de Outubro. As palavras da chanceler vão ao encontro do apelo do fundo monetário internacional para, em vez de acções individuais de recapitalização dos bancos, se avançar para uma acção concertada, eventualmente usando o fundo europeu de resgate.”
    Os mercados começaram logo a subir. Parece que a Zona Euro está a encontrar boas soluções para a sua continuidade.
    Rita Patrício

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  7. Na minha opinião, a Grécia e Portugal deveriam manter-se na zona Euro, pois nesta altura ter uma moeda própria teria graves consequências economicas e sociais para estes paises, pois teriam dificuldades em financiar-se no estrangeiro.

    Quando a CEE foi criada, tinha como objectivo a facilitação das trocas comerciais. Mais tarde com a entrada de paises menos desenvolvidos a União Europeia adoptou uma vertente solidária de ajuda a paises pouco desenvolvidos, de modo a que estes evoluissem e se equiparassem aos mais desenvolvidos. Para que isto acontecesse os paises desenvolvidos apoiaram financeiramente os paises com dificuldades, nomeadamente Portugal e Grécia. No entanto estes paises não souberam gerir o dinheiro que lhes tinha sido atribuido, investindo inapropriadamente.

    Uma das razões para que várias pessoas apoiem a saida da Grécia e de Portugal da zona Euro, é o facto de após a falência destes paises os bancos que compram dívidas públicas não poderam receber o dinheiro que emprestaram, o que irá afectar tanto esses bancos , como desvalorizar o Euro.

    Sara

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  8. Eu também não concordo totalmente com a opinião do professor Rogoff.Reforçando as palavras da Sara,a actual"União Europeia" foi criada para tornar a Europa,uma potência mundial economicamente mais forte.Desta forma poderia-se estancar a supremacia dos EUA,principalmente após a 2a Guerra mundial,pois a Europa estava destruída.Assim através de empréstimos e acordos comerciais,os países da UE ficariam mais equilibrados.O problema a meu ver é que sempre existiram países mais influentes dentro da UE,aos quais coube as decisões mais importantes. Por exemplo a adesão ao Euro,foi uma das metidas que melhorou certas economias como a alemã. Caso contrário aconteceu com Portugal,pois tornou o custo de vida bem mais caro comparativamente ao rendimento de cada indivíduo.Por isso é normal ouvirmos agora que foi negativo a entrada de países periféricos como a Grécia e Portugal para a zona euro. Também é de realçar de com a crise o "espírito" de entre e ajuda entre os países diminui.Ninguém se quer comprometer,nem investir sem garantias.Vive-se um período de muita especulação. O mundo(os investidores)querem perceber até que ponto é que a falência de países de menor dimensão da Europa,ira afectar as economias das maiores potencias.E se economias como a Alemã ou a francesa poderão responder a tal cenário. Será que irão continuar a apresentar razoes para o investimento ou por outro lado irão diminuir as importações,e consequentemente apostar na economia nacional?nao sei...veremos o que acontece nos próximos capítulos...

    Nádia Silva,n21

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  9. A afirmação "Portugal e a Grécia nunca deviam ter sido admitidos na Zona Euro" do economista norte-americano Kenneth Rogoff, não concordo mesmo porque Portugal fez bem em ingressar na Zona Euro pelos seguintes motivos:
    - Diminuição dos custos nas transacções com os países da zona euro;
    - As viagens a outros países da União tornam-se mais fáceis e mais baratas;
    - Maior estabilidade dos preços;
    - Torna Portugal mais competitivo no comércio internacional;
    - Torna a economia de cada país mais estável.

    George Soros, defendeu, que para resolver a crise das dívidas soberanas "é preciso considerar a hipótese" de a Grécia, Portugal e a Irlanda já não poderem pagar as suas dívidas e terem de deixar o euro. Eu não concordo...
    Sempre que algum país ou algum investidor privado emprestam dinheiro a Portugal pedem sempre juros elevadíssimos, se não pedissem juros assim tão elevados talvez estivesse-mos em melhor situação...

    Bom trabalho Tiago !!!

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  10. Penso que a queda de Portugal acontecerá pouco depois da queda da Grécia pois todos os investidores privados que investiram na Grécia não vão correr o risco que lhes aconteça o mesmo com investimento em Portugal.
    O mesmo se aplica aos outros países na mesma situação que nós como a Irlanda e a Itália. Por isso sou da opinião que a Grécia e Portugal não deveriam abandonar a Zona Euro porque provavelmente ter uma moeda própria não teria qualquer benificio para qualquer um dos países pois iriam ter dificuldades no mercado internacional.

    Boa apresentação!
    Inês Marta

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  11. Em primeiro lugar, é preciso lembrar que Portugal só entrou no euro porque, na altura, cumpriu os critérios que tinham sido fixados para a entrada dos países na zona Euro. Esses critérios eram exigentes e passavam por baixos níveis défice orçamental, dívida pública e taxa de inflação.
    http://www.ieei.pt/files/Euro_integracao_europeia_portugal_Teresa_de_Sousa.pdf: Neste site encontra-se mais informação sobre o interessante percurso da entrada de Portugal no euro.
    Portanto, naquela altura, parecia ser uma boa aposta para Portugal entrar no euro. O que talvez tenha sido mau pois como disse o Tomás Afonso “O problema não foi Portugal ter entrado na zona Euro, foi sim o Euro ter ganho mais força sob o Dollar.”

    Por outro lado, há a outra questão “…o problema com a União Europeia é haver uma moeda única, mas não haver uma união política que permita a tomada de decisões centralizadas que permita a continuidade da moeda única.” De facto, para mim um dos maiores problemas é este, porque a União Europeia não são os Estados Unidos da Europa. Nos Estados Unidos da América (USA) só há um presidente que está sujeito ao seu calendário eleitoral e a uma opinião pública. Na Europa não, cada Estado membro tem o seu calendário e tem de ir governando o país com os olhos postos na sua opinião pública interna (que o pode ou não eleger nas próximas eleições) e ao mesmo tempo na Europa, sendo certo que as decisões tomadas na Europa têm reflexos na opinião pública interna do seu país.

    Por último, quanto à saída da Grécia e eventualmente de outros países do euro, a minha opinião é que é muito perigosa essa opção. Um processo destes é desconhecido e, portanto, é bastante difícil calcular as suas consequências. Daí que talvez a Europa venha a optar por ir tentando aguentar a situação devido ao grande medo que há do desconhecido.

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  12. Não consigo concordar com a afirmação de Kenneth Rogoff: "Portugal e a Grécia nunca deviam ter sido admitidos na Zona Euro".

    Do meu ponto de vista a adesão ao euro beneficiou o país no que concerne à facilitação das trocas comerciais ( se por um lado o escudo, por ser uma moeda mais fraca, ajudaria o país quanto às exportações, por outro dificultaria as importações e tendo em conta que o nosso país, por insuficiência de produção, importa mais do que exporta, seria mais benéfica a continuação do euro como moeda de Portugal do que o escudo). Para além do mais Portugal passou assim a ser associado a uma força muito grande: a União Europeia.
    Esta entrada na Zona Euro, noutra perspectiva, também significava que Portugal teria de acompanhar outros países mais desenvolvidos e a verdade é que Portugal não tem capacidades para igualar a força que o euro tem, ou a força que a Alemanhã dá ao euro.

    No entanto, não considero que tenha sido esta a razão que deixou o país no seu estado lastimável, mas sim a má gestão que foi feita perante todas as ajudas externas.

    Catarina Castela

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