sábado, 22 de outubro de 2011

Steve Jobs

Nas últimas semanas assistimos a uma comoção mundial com o falecimento de Steve Jobs. Muito já foi escrito sobre a Apple e o seu anterior presidente, numa produção inédita de conteúdos sobre um líder da atualidade.
Considerado o pai do PC e da era digital, Jobs tem sido apelidado de mágico, génio, visionário, e comparado com gigantes da história da humanidade como foram Da Vinci, Edison e Ford.
Interessa-me hoje refletir sobre o modelo de negócio da Apple, que designarei de "Applenomics", reconhecidamente único e muito bem sucedido. Em pouco mais de 10 anos, a "Maça" de Jobs passou de uma empresa quase falida para a empresa mais valiosa do mundo. Na última sexta-feira, dia 14, a capitalização bolsista da Apple atingia USD 391 mil milhões, enquanto a Exxon-Mobil, que já foi a empresa mais valiosa do mundo e atualmente é a segunda, chegava aos USD 379 mil milhões. Julgo que há quatro elementos distintivos no modelo de negócio da Apple, no "Applenomics": 1) um CEO-estrela, 2) produtos-experiência, 3) um design-sedução e 4) uma inflação-de-desejo.
Steve Jobs foi aquilo que poderíamos chamar de CEO-estrela. "Estrela" pelo brilhantismo da sua visão inspiradora do futuro, pelo brilho diferenciado que colocava em todas as suas aparições públicas, mesmo depois de gravemente doente.
O modelo de negócio da Apple é muito feliz na forma como conseguiu transformar ‘gadgets' tecnológicos em experiências únicas. A Apple foi a primeira empresa tecnológica que conseguiu verdadeiramente fazer convergir tecnologia, arte e humanidades. Os i-produtos são mais do que a função para a qual foram concebidos, são acima de tudo uma experiência. O iPhone, por exemplo, mudou radicalmente a forma como as pessoas acedem a conteúdos na web, ouvem música ou simplesmente fazem chamadas telefónicas.
O outro elemento diferenciador da Apple é aquilo a que chamo de design-sedução. A Apple converteu-se na maior empresa de moda do mundo. O design dos seus produtos transformou a "maçã mordida" em verdadeiros objetos de desejo. Um design orgânico, simples, humano e sensorial, que seduziu consumidores pelo mundo fora.
Finalmente, o outro elemento que se destaca no "Applenomics" é a chamada inflação-de-desejo. A Apple gerou-a de forma magistral. A estratégia de lançamento de novos produtos e funcionalidades todos os 12-18 meses, criou um desejo contínuo de upgrades. Acabou de ser lançado o iPad2, que tornou obsoleto o iPad e que já abriu o apetite para o iPad3. É notável, como um produto que não existia há 2 anos atrás, criou uma necessidade e uma legião de fãs disponíveis para trocar de ‘gadget', sempre que se junta mais uma câmara ou lhe retiram uns milímetros de espessura.

Miguel Setas
Diário Económico 18/10/2011




8 comentários:

  1. Steve Jobs era um grande visionário considerado por muito até mesmo um génio, que até durante os seus tempo de doença e de dor, planeou tudo e todos os passos que a empresa que ele criou deveria tomar. Ele era considerado por muito um ídolo, o que levou muitos a tentarem ser e pensar como ele. Achei a notícia muito interessante e espero que a empresa continue a ter o mesmo sucesso,embora sem o seu grande génio...

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  2. Em primeiro lugar,achei a escolha da notícia muito interessante,não só pelo peso deste homem enquanto dirigente duma multinacional como a Apple,mas também pela história de vida que teve. Steve jobs foi o génio,que fez com que apple fosse o que é hoje!Com um estilo casual,de gangas e gola alta preta,steve enchia plateias e audiências em cada lançamento de um produto.Ele conseguiu o que poucos conseguiram;um produto que combinasse o design,com a sedução e com a qualidade,que é absolutamente essencial.Tornou-se multimilionário,e construiu uma família,de quem dizia que eram o amor da sua vida.Viveu momentos complicados;na sua juventude e quando saiu da apple. Mais tarde,diagnosticaram lhe cancro,mas ainda assim resistiu até às últimas.Por saber que estava gravemente doente,renunciou a presidente da Apple,mas antes de morrer deixou projectos de continuidade para outro dos seus amores da sua vida... Esta é a história de um jovem, não-licenciado que deu a volta por cima,com a sua ambição,e conseguiu chegar a cada um de nós,ao nosso cada-dia.Para mim vai ser relembrado como uma inspiração da natureza...
    Nádia Silva,nº21

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  3. Queria começar por dizer que assim como a Nádia acho que a noticia não podia ser sido feita em melhor altura devido ao facto de infelizmente Steve Jobs ter falecido tão recentemente.

    Steve Jobs era magnifico a tudo o que dizia respeito á tecnologia, e principalmente ao produtos da "Apple".
    A forma que os produtos tinham, ou seja, o seu design era brilhante, e mais brilhante ainda era o forma de como este homem fazia as apresentações dos seus produtos, de modo a criar uma necessidade das pessoas os comprarem.
    Era simplesmente genial o seu trabalho e infelizmente terminou, contudo Steve Jobs já deixou trabalho e produtos para mais uns anos para a "Apple".

    Gostei muito da noticia e na minha opinião a Rita esta de parabéns.

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  4. Eu concordo com a afirmação: "(Steve Jobs) considerado o pai do PC e da era digital".
    Acho que Steve foi sem dúvida uma personalidade do nosso século.
    Para que nós tenhamos os nossoa ipod`s, iphone`s, etc; existiu alguèm que os pensou e criou, eles estão constantemente a marcar esta era: a era digital.
    Foi tembèm ele que criou o primeiro PC, que veio revolucionar o sèculo XX.
    E daqui para a frente? Será que a apple vai conseguir continuara a evoluir? Há quem diga que sim, pois Steve Jobs era um homen preocupado e já deixou invenções pensadas para sustentar a sua empresa, ainda por mais uns anos.

    Quero tambèm elogiar a Rita pois é um tema muito interessante, e ela conseguiu cativar-nos a todos a escutá-la com atenção.
    Carolina Rodrigues

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  5. Este facto deixa-me perplexa: como é que um homem não licenciado transforma uma empresa quase falida na empresa mais valiosa do mundo?
    Actualmente as pessoas são muito julgadas pelos seus cursos, pelos seus doutoramentos e no entanto deparamo-nos com um caso em que um "não-doutorado" é comparado a Da Vinci! Steve Jobs é a prova, anteriormente viva, que, mais uma vez, a sociedade engana-se ao avaliar as pessoas pelo "ter" e não pelo "ser".
    Este julgamento pelo "ter" influencia bastante a economia: compra-se para se impor, compra-se para se integrar, compra-se para se poder dizer que tem,... E penso que esta foi uma das razões porque os i-produtos obtiveram tanta audiência: são produtos caros, bonitos e da última moda e por isso são associados a pessoas com muitas posses. Estas posses nem sempre estão presentes nas pessoas que adquirem um i-produto, porém só o facto de o terem conta como afirmação pessoal.

    Parabéns à Rita pelo muito bom trabalho! :D

    Catarina Castela, nº6

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  6. Na minha opinião o ponto essencial desta notícia é o facto de Steve Jobs ter compreendio o funcionamento da nossa sociedade. Jobs entendeu que actualmente tudo o que a nossa sociedade "necessita" são meios que nos liguem à informação o mais depressa possível.
    Ao compreender isto Jobs arranjou uma maneira de este desejo ser satisfeito e claro, obter lucro para a sua empresa. Steve Jobs criou então produtos com fácil e rápido acesso à informação que, no entanto, estão constantemente a ser ultrapassados por outros produtos que apenas têm ligeiras diferenças, as quais embora sejam pequenas têm uma grande importância na sociedade de hoje em dia (em que se dá mais valor ao "ter" do que ao "ser").

    Sara Delgado

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  7. É incrível como a reputação de Steve Jobs continua a crescer após sua morte.
    Após sua morte Steve Jobs é cada vez mais elogiado "Jobs fez mais do que navegar nas mudanças de paradigma, ele essencialmente os criou. Ele era um mestre em converter o complicado no simples, não ficando paralisado pela complexidade,..." comenta o co-CEO da empresa Pimco.
    Steve Jobs sempre sobe como chamar a atenção aos seus compradores, atraindo-os a comprarem os seus produtos. Obtendo assim muito lucro nos seus produtos

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  8. Steve Jobs tinha uma estratégia de marketing incrível. Ele sabia como cativar as pessoas a comprarem os seus productos, e todas as suas edições.
    Muitas pessoas preferem satisfazer as suas necessidades terceárias, em vez das fisiológicas, sem seguir a lei de Maslow, na qual as superfluas estão quase no topo.
    As pessoas, ao comprarem os produtos, estão a obrigar os produtores a produzir mais, a inovar mais, e por consequência, a aumentar os preços. Não nos podemos esquecer que a maioria das produtos são feitos com tóxicos, e muitos são produzidos com trabalho infântil.

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