quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Exportações já vão representar 42% do PIB em 2014


Segundo o Boletim de Inverno publicado hoje pelo Banco de Portugal, apesar da desaceleração prevista para este ano, entre 2010 e 2014, as exportações passarão de 30% para 42% do PIB.
O ajustamento das necessidades de financiamento de Portugal resulta numa evolução acelerada do saldo da balança de bens e serviços, que passou de um défice de 7,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010 para um valor "próximo do equilíbrio em 2012". Para este ano e o próximo, o Banco de Portugal espera um excedente de 3,1% e 4,1%, respectivamente.

"Este ajustamento tem beneficiado quer do dinamismo das exportações, quer da expressiva quebra das importações em resultado da diminuição da procura interna. A materialização da actual projecção implica um aumento do peso das exportações no PIB de cerca de 30% em 2010 para 42% em 2014, enquanto o peso das importações no PIB não se deverá alterar significativamente", pode ler-se no Boletim de Inverno.

Exportações crescem apenas 2%
Apesar desta evolução positiva, o Banco de Portugal antecipa uma forte desaceleração das vendas ao exterior. Há três meses, a previsão de crescimento das exportações este ano era 5%. A revisão atira esta estimativa para os 2%.

"A projecção aponta para um crescimento das exportações de 2 e 4,8% em 2013 e 2014, respectivamente, o que representa um abrandamento notório face ao aumento médio de 5,7% no período 2011-2012", acrescenta do BdP. "A desaceleração em 2013 traduz um forte abrandamento da atividade nas economias da área do euro, que representam cerca de 2/3 dos mercados de destino das exportações portuguesas, não obstante a manutenção de um crescimento robusto nas economias de mercado emergentes.”
Tiago Coelho

11 comentários:

  1. Como sabemos, na formação do PIB entram as seguintes componentes: consumo privado + consumo publica + formação bruta do capital fixo + variação de existências + exportações – importações. Assim, embora Portugal esteja a atravessar uma crise e se preveja um decréscimo do PIB, um dos fatores importantes para contrariar esta recessão é o aumento das exportações, conforme referido no texto passou de 30% para 42% do PIB.
    O excedente comercial previsto deve ser analisado com cuidado. A recessão, que se manifesta pela queda do PIB, teve como resultado uma diminuição significativa das importações, sem que o comportamento das exportações represente uma mudança nas perspetivas de crescimento económico. O Banco de Portugal reviu para baixo as projeções de crescimento para 2013 devido a uma evolução mais negativa do que o esperado para as exportações. Segundo as novas previsões, a queda do PIB será de 1,9%, maior do que o previsto em Novembro, que era 1,6%. As exportações cresceram menos do que o esperado devido ao fraco desempenho europeu e às incertezas quanto ao crescimento da economia da zona Euro.
    É de notar que o crescimento das exportações foi essencialmente nos países emergentes e não na UE.


    Rita Patrício

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  3. Prevê-se que, entre 2010 e 2014 o peso das exportações no PIB passe de 30% para 42%. No entanto, antecipa-se que o crescimento das exportações ande na casa dos 2%, demonstrando uma desaceleração e um abrandamento notório face ao aumento médio de 5,7% no período 2011-2012.

    O desaceleramento das exportações é facilmente justificado com a estrutura económica bastante frágil nalguns países da União Europeia, que são um dos maiores importadores dos produtos portugueses, mas que infelizmente devido às suas condições têm vindo a perder poder de aquisição. Deste modo, têm sido mercados como a China, Estados Unidos e Angola, os responsáveis por ainda ser notório o crescimento, embora mais brando, das exportações.

    Nesta notícia, primeiramente fala-se de um grande aumento do peso das exportações no PIB, o que nos dá a ilusão de um importante aumento das exportações. Posteriormente, é-nos dada a informação de um desaceleramento das exportações. Estas duas ideias que à partida poderão parecer contrárias justificam-se com a queda do PIB. Assim, tendo o PIB valores mais baixos, o peso das exportações será obviamente maior. Contudo, isto não significa um grande crescimento das exportações.
    A queda do PIB é devida à recessão, à diminuição do poder de compra e assim do consumo privado, dos cortes do Estado, que levam à diminuição do consumo público e do investimento. Somente as contas das exportações e a diminuição das importações (causa da diminuição do poder de compra dos portugueses) contrariam o movimento de evolução negativa do PIB.

    Catarina Castela

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  4. Nos tempos em que vivemos hoje em dia, tempos de extrema crise, um dos objectivos principais do Governo deverá ser o aumento do PIB nacional, permitindo o aumento da receita através dos impostos sobre a produção, melhorando os níveis de défice das contas públicas.

    O aumento das exportações irá contribuir de forma positiva para este objectivo. Embora grande parte do mundo esteja em recessão, existem alguns países que escapam à crise, sendo alguns deles os maiores importadores de produtos portugueses. Na notícia anterior podemos ver que os países que realizam trocas comerciais são países que se encontram economicamente estáveis e por isso não tem necessidade de reduzir as suas importações. Infelizmente, Portugal não se encontra neste grupo de países e por isso tem tentando reduzir as suas importações. Estes dois acontecimentos juntos (aumento das exportações + diminuição das importações) levarão a um decréscimo do défice da Balança de Pagamentos.

    Na minha opinião, é necessário direccionar parte do investimento nacional para produtos que se encontram actualmente com uma grande percentagem de exportação. No passado dia 12 de Janeiro, Álvaro Santos Pereira, ministro da Economia, afirmou na conferência do Diário de Notícias “Made In Portugal” que a ‘receita’ para o combate ao défice residia na abertura das empresas nacionais aos mercados internacionais, utilizando até o pastel de nata como um produto nacional a ser valorizado. Á semelhança do Ministro da Economia, também penso que a aposta em produtos portugueses próprios poderá ser uma solução de combate à crise, pois como somos um país pequeno não temos capacidade para concorrer com produtos de grande escala.

    Sara

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  5. Com a atual crise financeira, pressuponha-se uma diminuição da procura dirigida a Portugal, mas apesar da desaceleração prevista para este ano, entre 2010 e 2014, as exportações passarão de 30% para 42% do PIB. Uma explicação para este acontecimento é que o consumo em Portugal diminui devido aos constantes cortes e “apertos de cintos” e as empresas como forma de sobrevivência optaram por mudar o seu mercado alvo, ou seja, apostaram nas exportações como forma de se salvarem e ajudarem o país. Os Combustíveis minerais, metais comuns, máquinas e aparelhos são as rubricas em que verifica um maior aumento de exportações. Veículos e outros meios de transporte são o que Portugal mais importa do estrangeiro.

    Quanto as importações como é lógico diminuíram, a crise é o principal factor explicador deste fenómeno, visto que com o menor poder de compra, obrigatoriamente as importações diminuiem.

    Penso que todos nós estamos e deviamos estar impressionados com o aumento das exportações portuguesas e com a descoberta de novos mercados. Mas Portugal pode-se tornar uma economia ainda mais competitiva, através da diversidade e qualidade , entre outros…

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  6. Nos últimos anos tem-se assistido a um fenómeno histórico: a balança de bens e serviços tem registado um défice cada vez menor esperando-se, como referido na notícia, um excedente, ou seja, valores acima do 0, já a partir do próximo ano. E isto verifica-se em boa medida devido, não só, ao aumento das exportações (como se lê que representam próximo de 40% do PIB), como também da quebra com relevo das importações mas pouco significativa para a balança.

    Ora este fenómeno tem grande importância para a Economia do país e por isso será necessário a manutenção deste ritmo de crescimento. Mas segundo o BdP, na revisão da previsão que fez, este crescimento abrandará de 5% da 2%.
    Esta desaceleração deve-se a um factor que também já temos registado noutras situações: a crise na zona euro (principal mercado de exportação de Portugal até então). Felizmente o alargamento do sector exportador para outras economias emergentes é cada vez mais expressivo, o que nos dá alguma esperança sobre o futuro, esperança que tanto precisamos...

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  7. A notícia remete-nos para uma desaceleração do valor das exportações que, no período de 2010 a 2014, passarão a representar dos 30% para 42% do PIB.
    Ora, o ajustamento das necessidades de financiamento de Portugal origina numa evolução acelerada do saldo da balança de bens e serviços, que tem vindo a ficar menos deficitária.
    Em Portugal, tal como na grande maioria dos outros países europeus, tem-se verificado uma quebra das importações em resultado da diminuição da procura interna, o que se deve à conjuntura actual que afecta estes países. É-nos dada a informação de uma maior representação das exportações no PIB, passando de cerca de 30% em 2010 para 42% em 2014, não havendo alteração nas importações, o que leva a uma possível estabilização do PIB.
    Porém, apesar das exportações terem uma maior representação no PIB, estas têm vindo a ter um crescimento mais desascelerado, crescendo apenas 2%, apesar da evolução positiva que nos é informada no começo da notícia, que se deve a uma grande desaceleração das vendas ao exterior.
    Como sabemos, o PIB calcula-se atraves da seguinte fórmula : Gastos privados + gastos publicos + VE + FBCF + exportações - importações , ou seja, irá haver uma queda do PIB, provocada pela diminuição do poder de compra tanto do privado, como do publico, pela diminuição das importações e pela fraca contribuição das exportações. A desaceleração das exportações deve-se ao facto de os países europeus não terem capacidades, nem interesse, em importar produtos portugueses, como faziam antes. Porém, os EUA, a China e Angola têm sido os maiores compradores para Portugal, como vimos na notícia anterior, pois são países que se desenvolvem cada vez mais, ao contrários dos países da Europa que, na sua maioria, e tal como Portugal, se encontram em recessão económica.



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  8. Segundo as previsões do Banco de Portugal, o peso das exportações em 2014 aumentarão para 42%. Apesar disso, é previsto um abrandamento das vendas ao exterior.

    Apesar do aumento do peso das exportações no PIB, o crescimento das exportações não vai aumentar. O PIB apresenta valores baixos, logo o peso das exportações será maior. Estes valores justificam-se pela recessão, pela diminuição do consumo, do investimento…

    O abrandamento das exportações deve-se à recessão sentida na Europa, que representa cerca de 2/3 do destino das exportações portuguesas. Por exemplo, a Espanha representa uma grande percentagem do destino das exportações portuguesas, mas com a atual crise financeira têm vindo a reduzir progressivamente as importações. No entanto, têm ocorrido um crescimento robusto das exportações para países em crescimento como a China, o Brasil e ou Angola, como evidenciam na notícia.

    Os dois últimos países acima referenciados são muito importantes estrategicamente para Portugal, não só pela proximidade da língua, mas também pelos acordos comerciais e boas relações existentes.
    Nádia Silva nº21

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  9. Esta noticia a meu ver é positiva (caso seja realista) para a economia de portugues. Um possivel equilibrio ou proximidade dele nas balanças comerciais seria fundamental e sem duvida necessario na ajuda ao combate da divida portuguesa.
    Mesmo que este aumento se verifique a nosa balança continuará e dificilmente deixará de ser negativa, pois a nossa produçao nao é suficiente para satisfazer as necessidades da populaçao, muito pelo contrario, Portugal tem pouca producao e isso obriganos a importar bastante, e mesmo que exportemos muito mais do que o que exportavamos em anos anteriores, isso dificilmente sera igual ás importaçoes.
    Ass Joao Sá nº16

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  11. As exportações apresentam um crescimento constante desde 2010 e é esperado atingirem 42% do PIB em 2014.
    Devido ao período recessivo que o País atravessa, com a correspondente redução do consumo, verifica-se que o saldo da balança de bens e serviços tem previsto passar de um défice de 7,2% do PIB para um excedente de 3,1% do PIB em 2013 e 4,1% do PIB em 2014.
    Pela forte desaceleração das economias da Zona Euro, o boletim de Inverno do Banco de Portugal, estima que as exportações deverão crescer apenas 2% em 2013 e 4,8% em 2014, mantendo-se contudo um forte crescimento dos mercados emergentes, razão pela qual se mantem positiva a previsão de crescimento das exportações.

    Francisco Canas, nº28

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