quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Angola, China e EUA garantem grande parte do aumento das exportações portuguesas

  As exportações portuguesas para Angola, China e Estados Unidos representaram mais de metade do crescimento do sector nos primeiros nove meses de 2012, segundo dados da Agência para a Promoção do Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), a que agência Lusa teve acesso.
  Espanha e Alemanha continuaram a ser os maiores mercados de Portugal, mas as exportações portuguesas para aqueles países caíram 4,6% e 1,3%, respectivamente, enquanto para Angola, China e Estados Unidos cresceram 34%, 152% e 35%, indica um relatório AICEP.
Os três mercados com maiores subidas são todos extracomunitários e, no conjunto, foram responsáveis por 4,5 pontos percentuais do crescimento de 7,7% das exportações portuguesas entre Janeiro e Setembro deste ano, salienta o relatório.
Angola foi o quarto mercado de Portugal, a seguir à Espanha, Alemanha e França, três países da União Europeia que absorveram quase metade das exportações portuguesas naquele período (46,7%).
O Reino Unido aparece em quinto lugar, seguido dos Estados Unidos, Holanda, Itália e Bélgica.
A China está em 10º lugar, à frente do Brasil, Marrocos e Suécia. Segundo a mesma fonte, a taxa de cobertura das importações pelas exportações situou-se nos 81,3%, um aumento de 9,7 pontos percentuais face a igual período de 2011, o défice comercial diminuiu 37,5% e as importações baixaram 5,1%. Quanto aos produtos exportados, máquinas e aparelhos encabeçam a lista da AICEP, com 15%, seguidas de veículos e outro material de transporte (12%) e combustíveis (8,8%).

8 comentários:

  1. Penso que o aumento das exportações para Angola, China e Estados Unidos é explicado pelas boas relações existentes entre Portugal e estes. Sendo que com Angola as relações são culturais e históricas, e com a China as boas relações devem-se aos últimos processos de privatização realizados em Portugal. Além disso, estes países são alguns dos quais se encontram neste momento em melhor situação económica e financeira.

    Se as exportações por parte destes países se mantiverem ou aumentarem, terá reflexos na redução do défice Português através da diminuição da diferença entre importações e exportações (Balança Comercial). Contudo para que esta tendência favorável às exportações se mantenha, é necessário apostar no investimento de produtos que tenham uma maior taxa de exportação. Através da notícia podemos ver que a maioria dos produtos exportados está relacionada com transportes e equipamentos. Sendo estes os produtos com a taxa de exportação elevada terá que haver uma aposta na diversificação destes produtos.

    Sara

    ResponderEliminar
  2. A notícia refere que as exportações para países europeus como Espanha e Alemanha estão a diminuir, enquanto se verifica um aumento dos bens exportados para Angola, China e Estados Unidos, países fora da comunidade europeia. Facilmente percebemos que a diminuição de bens e servidos exportados para os nossos países mais próximos se deve à conjuntura económica actual. A crise é o principal factor explicador deste fenómeno, visto que é ressentida por toda a união europeia, que com menor poder de compra é obrigada a diminuir as suas importações.

    Assim, também Portugal tem registado uma diminuição dos produtos importados, devido às dificuldades económicas sentidas pelos portugueses. O resultado desta redução das importações é notório no saldo da balança comercial, uma vez que “o défice comercial diminuiu 37,5%”.

    É necessário que o défice comercial continue a ser reduzido, mas através do aumento das exportações. Para esse feito, não só interessa manter as relações com Angola, China e Estados Unidos, como também é importante explorar novos mercados e aumentar a taxa de exportação para os países europeus. Torna-se deste modo essencial investir em produtos com bastante qualidade de forma a que os produtos portugueses se sobressaiam no mercado mundial, bem como tirar proveito dos produtos que Portugal actualmente mais exporta.

    Catarina Castela

    ResponderEliminar
  3. Como pode ser verificado na notícia apenas países localizados fora do mercado europeu registaram um aumentos do valor das importações de produtos de nacionalidade portuguesa. Temos o exemplo de Angola, um dos PALOP, a China que possui um valor populacional muito elevado e os E.U.A. um país com grande domínio e influência no Mundo e na sua economia. Este caso deve ser justificado pela atual crise existente em "peso" na União Europeia e no espaço comercial europeu, daí a que as importações de produtos portugueses em Espanha e na Alemanha tenham diminuído, tal como as próprias importações de Portugal e produtos estrangeiros também teve um decréscimo relativamente acentuado.
    Para combater este problema é necessário que de certa forma, haja um aumento das exportações, através da exploração de novos mercados, através de uma redução das taxas impostas a produtos importados (aplicando isto a todos os países do espaço europeu e se possível aos restantes países) que levaria a um aumento das importações, mas caso ocorra o aumento das importações de um país, é porque também houve um aumento das exportações de outros países, e assim ir equilibrando as balanças comercias.

    ResponderEliminar
  4. Cada vez mais para um país de pequena dimensão e fraca capacidade produtiva como Portugal são importantes as relações comerciais que estabelece com o Resto do Mundo.
    E no contexto de crise e recessão generalizado na Europa é ainda mais fundamental que essas relações tenham maior peso com países extracomunitários, fora desta situação financeira, como é o caso de Angola, China e Estados Unidos. Aliás os dois primeiros são até Economias Emergentes e países com que Portugal possui importantes relações histórico-culturais e financeiras, podendo por isso apoiar mais as exportações de Portugal.

    Por outro lado "a taxa de cobertura das importações pelas exportações situou-se nos 81,3%, tendo sofrido um aumento de 9,7 pontos percentuais face a igual período de 2011, o défice comercial diminuiu 37,5% e as importações baixaram 5,1%." Todos estes valores são um bom sinal para a evolução da economia portuguesa já que a Balança Comercial é uma das componentes mais importantes para o equilíbrio das contas nacionais.

    A notícia diz-nos ainda quais os produtos que Portugal mais exporta (máquinas e aparelhos (15%), veículos e outro material de transporte (12%) e combustíveis (8,8%).), ou seja, quais os produtos onde Portugal consegue ser mais competitivo e portanto as indústrias onde se deve apostar mais. A verdade é que todos estes produtos constituem produções com algum grau tecnológico e portanto todos eles contribuem mais monetariamente que qualquer produto primário que possa até registar um volume de exportaçoes superior.

    ResponderEliminar
  5. Na minha opinião, o aumento das exportações de Portugal explica-se não só pelas boas relações económicas, mas pela qualidade dos produtos portugueses. É normal que as exportações para países como a Espanha e à Alemanha tenham caído dado à grave crise financeira que a Europa atravessa. Até países como a Alemanha, a maior potência europeia sente a recessão na medida em que os seus maiores compradores estão a diminuir as exportações( outros países europeus).
    É necessário continuar a apostar nas exportações para este tipo de países, pois são países que cada vez mais se afirmam como potências devido aos recursos que dispõem.
    Nádia Silva nº21

    ResponderEliminar
  6. Através desta notícia podemos concluir que os países que fazem parte da UE têm vindo a diminuir as suas importações a Portugal, enquanto que outros países que não fazem parte da comunidade têm vindo a garantir o aumento das exportações portuguesas, salientando a China, Angola e EUA, o que é um aspecto bastante positivo para o nosso país.
    Ora, diversos países da CEE encontram-se a enfrentar uma crise económica, o que leva a que tenham menos capacidade e interesse na importação de bens e serviços, mas sim na sua exportação, para tornar o seu saldo positivo e obter benefícios daí. Também sabemos que a China e a Angola são países que estão em fase de grande desenvolvimento e crescimento económico, tendo por isso mais poder financeiro para investimentos e necessidade de recorrer a outros países para obterem certos bens e serviços de que não são auto-suficientes para terem. Os EUA são,igualmente, um país com poder financeiro para importar de outros países.
    Concluindo, é bastante positivo que Portugal exporte mais para países que não façam parte da comunidade europeia, tendo em conta a conjuntura económica que se vive actualmente e para lutar para a redução do défice comercial.

    Marina Reis
    nº19

    ResponderEliminar
  7. Os principais destinos das exportações portuguesas continuam a ser os países da UE, sendo que Espanha continua a ser o nosso maior ‘cliente’ internacional.
    No ano de 2012, começou-se a assistir a uma alteração dos países de destino das nossas exportações. Os países que tiveram maior taxa de crescimento das nossas exportações foram Angola, China e Estados Unidos, já as exportações para a UE tiveram decréscimo. Tal facto pode ser explicado, nomeadamente no caso de Espanha, pela grave crise económica que afeta a UE. Pelo contrário, Angola e China, países emergentes, tiveram taxas de crescimento do PIB muito elevadas.
    Assim, apesar de Espanha ser um país vizinho, para onde o custo do transporte das mercadorias vendidas é barato, em termos de crescimento está a ser ultrapassada por países bem mais distantes como Angola e a China.
    Para Portugal, apesar de ser um país que atravessa uma grave crise económica, é importante salientar a redução do défice comercial em 37.5% conforme indicado na notícia referente a Setembro de 2012. Dados mais recentes já referentes a Novembro de 2012 apresentam-nos uma taxa de cobertura de 86.2%, sendo que esta melhoria é essencialmente derivada do aumento das exportações (9.5% face a período homólogo do ano anterior) e da redução das importações (1.3% também face a período homólogo do ano anterior).
    Este aspeto é muito importante para resolução da crise portuguesa uma vez que Portugal se está a posicionar como país exportador no mercado internacional.

    Rita Patrício

    ResponderEliminar
  8. Os países do sul da União Europeia estão em crise e os do norte estão com baixa taxa de crescimento. Portanto grande retracção económica na União Europeia e sobretudo de Espanha que está em recessão forte. A Alemanha apresenta apenas pequeno crescimento e a França, que em conjunto com Espanha e Alemanha representam quase 47% das exportações portuguesas, também está a entrar em recessão económica. Como se verifica no relatório estes países apresentam um decréscimo de importações portuguesas, e face à crise actual deverão continuar a diminuir as suas aquisições em Portugal.
    Por outro lado as exportações para fora da União Europeia apresentam um crescimento significativo, devido a um forte aumento de procura de produtos portugueses nos mercados angolano, chinês e americano. Sobretudo os mercados angolano e chinês que apresentam forte taxa de crescimento económico.
    Verifica-se ainda pela notícia sobre o relatório do AICEP que, também as importações para Portugal têm diminuído. Isto acontece devido à forte retracção no consumo e crise económica que se verifica em Portugal.
    Face a este crescimento de exportações e decréscimo nas importações, 7,7% e 5,1% respectivamente, verifica-se uma melhoria considerável na taxa de cobertura que melhorou em 9,7% face a igual período de 2011.
    De tudo isto atrás exposto se conclui que Portugal deverá continuar a apostar nas exportações

    Francisco Canas, nº28

    ResponderEliminar