sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

FIM DAS SCUT AUMENTA PREÇOS DAS VIAGENS.

A partir de amanhã, quem quiser ir de Lisboa a Monte Gordo de automóvel ligeiro, pela auto-estrada, vai ter de desembolsar entre 64 e 66 euros para fazer a viagem de ida e volta. A introdução de portagens nas últimas quatro concessões SCUT (sem cobrança ao utilizador), que arranca à meia-noite de amanhã, torna as deslocações rodoviárias dentro do País mais caras. Neste caso, a juntar-se aos 18,95 euros da A2, o automobilista terá ainda de desembolsar 11,6 euros extra para percorrer toda a extensão da A22 (Via do Infante), além de 1,45 euros ou 2,4 euros para passar nas pontes sobre o Tejo, consoante se trate da Ponte Vasco da Gama ou da 25 de Abril.  

Mas a introdução de portagens nestas últimas quatro SCUT torna as deslocações não só mais caras para o Algarve, mas também para o Interior. Por exemplo, a SCUT das Beiras Litoral e Alta (A25), que era completamente gratuita, vai deixar de o ser. Uma deslocação no eixo entre Aveiro e a fronteira com Espanha vai passar a custar, só num trajecto, 15,65 euros para quem se deslocar num automóvel ligeiro. O custo para os pesados, também no mesmo trajecto, será de 39 euros.
Também quem quiser ir de Lisboa à Guarda, sempre num carro ligeiro, vai ter de juntar os 5,65 euros que já pagam na A1 até Torres Novas, mais 19,30 euros para atravessar a A23. Se o percurso for contabilizado em termos de ida e volta, este condutor passa de um custo de 11,30 euros para uma despesa de 50,30 euros.

João Sá, Nº16, 10ºG

6 comentários:

  1. A introdução de portagens irá prejudicar ainda mais a economia portuguesa. As exportações serão prejudicadas, os preços dos bens irão, consequentemente, aumentar, o turismo diminuirá, entre outras consequências.
    Agora muitas pessoas vão fugir das portagens, optando pelas estradas nacionais, mas como o João referiu, ambas têm desvantagens, pois nas estradas nacionais o gasto de gasolina e de tempo será maior. Estes actos implicam, então, a escolha, que é bastante importante na Economia, e o custo de oportunidade irá actuar, pois as pessoas terão de escolher como querem chegar ao local destinado, com o dinheiro que é escasso. A opção escolhida será a que tem mais benefícios para o consumidor.

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  2. Eu considero o aumento dos preços nas SCUT incoerente, pois sendo que as pessoas actualmente têm um reduzido poder de compra com a crise, ainda com mais este gasto de dinheiro nas SCUT ainda vai diminuir mais o poder de compra de pessoas que optem por ir pelas auto-estradas. E desta forma abalando ainda mais a economia portuguesa. E os custos/consequências deste aumento dos preços não reverte apenas para as famílias, mas também empresas que requerem de transportes de maior e menor dimensão por auto-estradas para poderem transportar de produtos. E, tal como referido, o preço dos produtos dessas empresas vai aumentar, sendo que o preço gasto em transportes também aumenta. E mesmo que as pessoas optem por ir por estradas nacionais, têm ainda mais os gastos de combustível e tempo (tempo é dinheiro). Mas é questão de aguardar para nos podermos aperceber das vantagens retiradas desta medida.
    Margarida Sá, nº19

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  3. Estas auto-estradas como já foi referido são vias de comunicação muito importantes para a exportação. Com as tarifas exorbitantes que passam agora a ser cobradas, as pequenas e médias empresas vão deixar de as utilizar, passando a preferir as estradas nacionais. Estas são antigas e estão em más condições, o que leva ao aumento da sinistralidade rodoviária, que ainda há poucos anos era uma das principais causas de morte no país.
    Os estrangeiros, principalmente os nossos vizinhos espanhóis, estão simplesmente indignados com esta situação pois não acham o meio de pagamento criado nada cómodo e ameaçam mesmo interpôr uma acção para o Tribunal Europeu pois consideram mesmo que esta medida vai contra a abolição de fronteiras existente em todos os países da UE.
    Perante estas medidas do governo, a população portuguesa também já se manifestou e no Algarve, na Via do Infante, foram durante esta primeira semana de pagamento destruídos dois pórticos e incendiados os cabos de ligação das câmaras que registam os pagamentos de cada utilizador. A GNR já anunciou que vai por 2 guardas de permanência em cada pórtico mas trará isto benefícios reais à Economia? Quer dizer foi feito um grande investimento em parte para evitar ter efectivos nas portagens mas se será necessário pagar as horas extraordinárias aos guardas e se ainda por cima irá diminuir os níveis da exportação e diminuir o número de estrangeiro no país (que ao consumirem criam riqueza) o que me parece e a muitos analistas é que a situação económica do país e das famílias com a introdução de portagens nas SCUTS só irá é piorar...

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  4. Verdade que a introdução de portagens fará entrar dinheiro directo (através dos impostos) no Estado, mas é importante referir-se o dinheiro que devido às deslocações mais caras o Estado também irá perder.

    Vejamos desta maneira: Deslocações mais caras fazem os espanhóis pensar duas vezes antes de vir comprar o queijo da Serra em Portugal. Claro que estou a diminuir todo o mundo de possibilidades, quem diz espanhóis diz franceses, ingleses, alemães, ou até mesmo portugueses e quem diz queijo da serra, diz vinho do Porto, diz praias do Algarve e de Cascais ou até camisolas do Cristiano Ronaldo.
    O que quero com isto dizer é que se os espanhóis já não vão comprar o queijo da serra, já não contribuem para as médias e pequenas empresas produtoras de queijo da serra; e se já não vêm a Portugal diminuem o nosso turismo( que tem um peso grande na economia do país, representando 8% do PIB). No entanto, o turismo interno será igualmente afectado.


    Para além das consequências no turismo, encontram-se as consequências na diminuição de poder de compra dos cidadãos. Um produto é produzido por um determinado preço, mas quando o consumimos, compramo-lo por um preço bastante superior; Este preço é resultado do custo de produção, da deslocação do produto, da quantidade de intermediários que se encontraram no processo entre a produção e a venda,... Sendo assim, se a deslocação do produto for mais cara também o produto o irá ser e como já vimos nas aulas de Economia os preços são um grande factor económico do consumo, porque quando os preços aumentam e os salários se mantêm ocorre uma diminuição do poder de compra. Ora, com um poder de compra inferior o consumidor passará a consumir muito menos e um menor consumo provoca uma diminuição da produção, que leva à diminuição dos lucros das empresas,que por sua vez resulta num maior número de desemprego.

    Então afinal em que ficamos? "Verdade que a introdução de portagens fará entrar dinheiro no Estado". Mas será este dinheiro capaz de superar todos os custos que advêm destas portagens? Ou a diminuição do turismo, a diminuição do poder de compra e a diminuição do consumo levam a melhor?
    Na minha opinião e a longo prazo esta medida dará prejuízos na economia, mas afinal o que sei eu?

    Catarina Castela

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  5. A introdução de portagens nas concessões SCUT (sem cobrança ao utilizador) só vai agravar mais a economia portuguesa e criar polémica entre os cidadãos. Além disso o turismo vai diminuir , pois, os turistas não estão dispostos a visitar ou imigrar para um país, que onde quer que eles vão, têm que pagar portagens.
    Outra das desvantagens destas portagens é, que com isto, muitos trabalhadores, principalmente os que dependem das estradas para trabalhar (motoristas,…) ficarão em risco de perder o seu emprego.
    Na minha opinião, o Estado não ganha muito com a introdução destas portagens, pois , com a crise e o previsível aumento dos preços dos combustíveis, menos viaturas vão circular nas antigas SCUT, logo o Estado também não recebe muito mais dinheiro vindo das portagens.
    Membros do Governo (Presidente da República e da Assembleia, entre outros) deveriam ser os primeiros a dar o exemplo e a mostrar que todos nós temos que fazer sacrifícios para ajudar Portugal (através das portagens), mas como sempre estes têm privilégios, não tendo que pagar as portagens das SCUT.

    Carolina Nunes

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  6. A introdução de portagens nas SCUTS vai ter várias consequências. Uma das mais visíveis será o facto de os produtos que são transportados por essas vias, virem a ter um acréscimo no seu preço final, uma vez que o preço do transporte vai aumentar.
    Outra consequências, embora dificilmente mensurável e talvez de fraco impacto, será na diminuição das receitas do turismo, dado poder vir a reduzir o número de turistas, nomeadamente espanhóis, que vêm para Portugal de carro e utilizam essas vias.
    Outra consequência será o facto de haver um maior encaixe de receita financeira por parte do estado, dado que o trânsito destas vias passará a ser pago.
    No entanto, e numa óptica de haver uma certa equidade no pagamento dos bens fornecidos pelo Estado, é de uma certa justiça que a semelhança do que existe em todo o território nacional, este bem fornecido pelo estado (a estrada), seja pago por quem o utiliza, ressalvando o facto de muitas SCUTS terem sido criadas para permitir o maior desenvolvimento das regiões do interior.
    Rita Patrício

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