sábado, 21 de janeiro de 2012

Administração do Banco de Portugal abdida dos subsídios

“O pagamento dos subsídios de férias e de Natal aos reformados do banco central está suspenso e a administração abdicou dos subsídios.
O Banco de Portugal até anunciou que ia cortar os gastos com pessoal, mas também anunciou que iria manter o pagamento dos subsídios de férias e de Natal aos seus funcionários - que terão hoje recebido o de férias -, não acompanhando os mesmos cortes aplicados aos funcionários da Função Pública e pensionistas.
Esta situação motivou muitas críticas inclusivamente dos partidos que formam Governo, pelo facto de a instituição liderada por Carlos Costa "não entrar no esforço" que é pedido aos funcionários públicos, que vão perder os 13º e 14º meses em 2012 e 2013.
Face à contestação, o Banco de Portugal comunicou hoje que os membros do Conselho de Administração abdicaram destes subsídios em 2012 e que o processamento dos subsídios aos reformados da instituição “está suspenso”(…).
É que o Banco de Portugal tem regras próprias que permitem que decisões tomadas pelo Estado sobre pagamentos de salários na Função Pública não sejam aplicadas aos seus trabalhadores, o que pode não ser válido para os reformados.
"O Banco de Portugal, a sua Administração e os seus colaboradores são sensíveis ao contexto difícil em que vive a sociedade portuguesa. Tal como em 2011, o Conselho de Administração do Banco de Portugal decidiu, de forma autónoma e por imperativo de solidariedade, acompanhar o esforço que o País está a fazer", indica a instituição liderada por Carlos Costa.”

15 comentários:

  1. Na minha opinião, era mais correcto os funcionários do Banco de Portugal entrarem, como todos os outros, no esforço económico face à crise, ou seja, abdicarem dos subsídios de Natal e de férias.
    A situação actual é muito difícil e por isso é preciso o esforço de toda a gente para conseguirmos sair deste "buraco". Porém, para que todos possamos usufruir dos resultados deste esforço é necessário todos contribuirmos, logo, o Conselho de Administração do Banco de Portugal devia não só abdicar dos seus subsídios e suspender os dos reformados, mas também cortar os dos seus colaboradores, tal como acontece com todos os funcionários públicos.
    Beatriz Morais

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  2. Concordo plenamente com o comentário feito pela Beatriz, para além da Administração do Banco de Portugal ter abdicado dos Subsídios para 2012, deveriam ter ido mais além, persuadido todos os funcionários sem excepção, da abdicação dos mesmos. Foi pedido um esforço sem precedentes a todos os funcionários públicos, quanto a mim, esse esforço deveria ter sido solicitado a todos os trabalhadores e reformados. Pois este, deve ser um esforço colectivo, ainda que esses cortes fossem medidos consoante os rendimentos de cada um. Ou seja, quem ganha mais paga mais! Não é justo que sejam sempre os mesmos a pagar. Os Funcionários Públicos.

    Catarina Araújo

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  3. Cortar os subsídios dos trabalhadores não foi a opção mais adequada para Portugal recuperar o seu crescimento económico. Outras medidas seriam mais susceptíveis para tal acção como, por exemplo, investir mais nos produtos nacionais, exportando-os, ou tornando Portugal um país ainda mais atractivo para imigrações, o que aumentaria a mão-de-obra disponível e de certa parte ajudaria, pois teriam de contribuir para o Estado português.
    Os trabalhadores da Função Pública vão perder o subsídio de férias e o 13º, e os trabalhadores do privado continuarão a recebe-los pois o Governo não pode interferir nisso, o que mostra uma desigualdade a esse nível. Na minha opinião isto levará à diminuição da produção, por vezes causada pela desmotivação no trabalho.
    Para além disso, quem recebe mais deveria ter cortes maiores, para não causar tanto "desespero", e haver um maior equilíbrio.

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  4. Acredito que para Portugal ultrapassar esta fase de fragilidade económica é indespensavel um esforço colectivo, ou seja, penso que todos os Portugueses devem prescindir, de forma proporcional e justa, de parte dos seus rendimentos em prol do desenvolvimento e da idilica re-estabilização das balanças do País.
    Neste caso concreto, do Banco de Portugal, apesar deste ser um orgão independente do governo não perde o seu estatuto atribuido ídilicamente de Banco Central, do País e do Povo e como tal não deveria ficar de fora das medidas de austeridade aplicadas aos funcionarios publicos. Todos os cidadãos Portugueses deveriam, na minha opinião, estar juntos nesta luta e os cortes salariais devem abranger pensionistas, funcionarios publicos, funcionários do sector privado, incluindo tambem funcionarios do Banco de Portugal (cuja classificação não consigo fazer de forma clara).

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  5. Concordo plenamente com todos os comentários postos anteriormente, sendo que concordo com os partidos do Governo, pois tanta gente que fez o sacríficio de ficarem sem o 13º e o 14º mês, enquanto que os banqueiros para além de não ganharem mal (sem dúvida), continuam a dar prejuízo ao estado. E tal como a Francisca disse "Neste caso concreto, do Banco de Portugal, apesar deste ser um orgão independente do governo não perde o seu estatuto atribuido ídilicamente de Banco Central, do País e do Povo e como tal não deveria ficar de fora das medidas de austeridade aplicadas aos funcionarios públicos.(...)". Sendo portugueses devemos defender os nossos direitos e combater estas diferenças que existem...

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  6. Infelizmente Portugal está a atravessar uma forte crise económica. A nossa balança de pagamentos é deficitária e temos um grave problema da nossa divida externa. Uma das medidas escolhidas pelo Governo, impostas pela Troika, foi o corte da despesa pública.
    Assim sendo, foi decidido cortar os subsídios de Natal e férias ao funcionalismo público. Pelos vistos, os funcionários do Banco Portugal não foram abrangidos. Esta decisão interna do Banco Portugal, com certeza foi tomada com base na autonomia que o próprio tem para estas decisões e tendo em conta, com certeza, os seus colaboradores pertencerem a algum sindicato (dos bancários) independente dos sindicatos da função pública.
    Espera-se que estas medidas de contenção (cortes salariais), não se prolonguem muito, pois talvez facto virá a afectar consumo interno, o que prejudicará a produção interna, o investimento interno e agravará ainda mais a crise.

    Rita Patrício

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  7. Como se sabe o Banco de Portugal tem um estatuto muito próprio no que diz respeito aos seus trabalhadores/ aos honorários que estes recebem. Devemos este estatuto à dependência que este tem do BCE (Banco Central Europeu) já que todas as decisões tomadas por este influenciam a vida do Banco de Portugal. Funciona como uma espécie de sucursal.
    Assim logo na altura que os cortes foram anunciados e se percebeu que o Banco de Portugal tinha ficado fora deles se tinha lançado a polémica.
    A resposta dada por este órgão foi que antes de mais nada o Banco de Portugal se deve reger pelas regras do BCE e como mais nenhum trabalhador dos Bancos Nacionais dos outros países iam ser cortados não podiam aplicar esta medida.
    Portanto já ter neste momento cortado o 13º e o 14º mês aos administradores e pensionistas é já um voltar atrás na decisão tomada anteriormente...
    E devemo-nos lembrar de algo muito importante: A Economia é uma ciência social, deve tratar as pessoas enquanto pessoas e não enquanto números.
    Cortar na reforma dos pensionistas que tiveram uma vida inteira de trabalho a descontar para a CGA não é justo!
    Sim porque por muito pequenos que sejam os cortes afectam muito a vida das pessoas e das famílias que delas dependem. Sim, ok, num ponto têm razão: o país está em crise e se se pede esforços de ajustes orçamentais a uns, devemos pedi-los a todos, já que se virmos bem todos temos um bocadinho de culpa no cartório. Afinal quantos de nós viviam apenas com o que ganhavam antes desta crise, apoiavam a produção nacional e ainda poupavam? Muito poucos, e se tomarmos atenção os que assim viviam são os que agora ainda conseguem sobreviver.
    Mas não será maior a perda para o país se por uns milhares de euros numa dívida de tantos milhões condenarmos à ruína dezenas de famílias que neste momento já vivem tão endividadas?!

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  8. Como todos nós sabemos, Portugal encontra-se uma grave situação económica.
    Todos os dias os portugueses têm sido confrontados com novas medidas de autoridades, que têm influenciado a qualidade de vida da sociedade (principalmente o poder de compra).
    Uma das medidas tomadas pelo Governo foi o corte dos subsídios de Natal e de férias dos funcionários públicos.
    O banco de Portugal, dada à sua autonomia e independência financeira, considera que os seus trabalhadores não são funcionários do Estado, sendo decidido pela sua Administração, não haver corte nos subsídios, visto argumentarem respeitar as decisões do Banco Central Europeu, pelo qual se devem orientar. Apesar desta decisão, o BdP comprometeu-se a reduzir os custos com os seus funcionários em 2012.
    Na minha opinião o BdP, deveria dar o exemplo e ser solidário com os sacrifícios que estão a ser exigidos aos portugueses.

    Carolina Nunes nº4

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  9. Todos nós sabemos, que o nosso país, e também grande parte dos países da Europa estão em crise. O nosso governo tomou algumas medidas, entre as quais a de retirar os subsídios de férias e de natal.
    Esta medida irá, claramente afectar a vida de todos nós, e principlmente aos funcionários públicos, pois estes são obrigados a se regerem apenas pelas regras do Estado.
    Mas será que todos nós vamos sofrer com esta medida? Talvez não, aliás como podemos ver através da noticia, por exemplo: "(...) o Banco de Portugal tem regras próprias(...)" e por isso mesmo os seus funcionários irão receber estes subsidios, logo os cortes não atingirão as famílias desta parte da população.
    Após a leitura da notícia, pergunto-me: Será que só os pobres têm de pagar a crise? Será isto justo?
    A crise chegou a Portugal, e já cá está instalada á cerca de três anos e, apesar de tudo, os Portugueses não se têm esforçado igualmente, como é possivel que existam tantas diferenças dentro do mesmo povo... de um lado morre-se á fome, de outro esbanja-se dinheiro em coisas supérfulas.
    No final, podemos concluir que com estas injustiças não conseguiremos alcançar e objectivo do país e pagar a dívida externa, e sair assim desta crise.

    Carolina Rodrigues nº3

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  10. Tal como já muita gente disse, esta medida de cortar os subsídios de férias e de Natal não deveria abrangir só algumas pessoas, deveria ser um esforço colectivo, especialmente considerando que este esforço se demonstra injusto para aqueles que por ele são abrangidos quando observamos que outras pessoas não sofreram tantos ou nenhuns cortes nos seus subsídios. Se esta medida tem como objectivo melhorar a situação em que o país se encontra - poupando o dinheiro que sem esta medida gastariam em subsídios para o usar para o pagamento da divida externa e para outros possíveis "investimentos" - este esforço, que em principio, não será em vão, deveria abrangir toda a população, sendo que, a longo prazo, revertirá a favor de toda a população.

    Margarida Sá, 10G, n19

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  11. A frágil situação financeira que Portugal vive actualmente têm várias consequências,e uma delas é a contestação social.Com isto, não estou a dizer que seja justo os trabalhadores do Banco de Portugal continuarem a receber subsídios de férias,mas consigo perceber, que o Banco de Portugal como orgão independente tenha os seus próprios estatos e regras.
    Não concordo com a catarina araújo. A verdade é que quem ganha mais sofre mais cortes.Agora também temos de perceber que os funcionários que recebem mais devem tar mais habilitações académicas e maiores responsabilidades nos seus empregos. Não estou a menosprezar qualquer outro emprego,porque na minha opinião todo o trabalho honesto é digno.
    Também não consigo perceber qual é a injustiça dos trabalhadores do privado continuarem a receber subsídios.Cada trabalhador do privado, quanto mais produzir mais recebe.E muitas vezes implica trabalhar durante fim-de-semanas.O dia 23 de cada mês não é sagrado para os trabalhadores do privado, porque não lhes cai o salário nas contas bancárias.
    A minha verdade é que nunca ninguém está contente, e cada um quer defender os seus interesses da melhor maneira que sabe.Mas todos têm de perceber que devido à crise mundial todos temos de nos sacrificarmos para que num futuro possamos estar livre de dívidas e com maiores níveis de produção nacional.A crise é um fenómeno social que faz parte da vida em sociedade.É um ciclo.Vêm e vai-se...
    Nádia Silva n21

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  12. Na minha opinião, o Governo tomou uma boa decisão ao cortar os subsídios das férias e do Natal. Como sabemos o país está endividado e precisa de arranjar uma solução para pagar as suas dívidas e já sabíamos que haveriam cortes, por isso de dentro de todas as hipóteses, considero que cortes em brinquedos e Mon Cheri, bem como cortes em viagens ao México seriam os que fariam mais sentido, pois está-se a cortar em aspectos mais supérfluos e desnecessários( apesar de haverem pessoas que utilizariam o dinheiro do 13º e 14º mês para comprar alimentos simples e pagar rendas atrasadas).

    Agora, referindo-me ao aspecto em destaque na notícia, posso afirmar que, tal como os meus colegas, acho injusto! Se uns pagam e aliás, se pagam os que têm mais dificuldades económicas, porque é os funcionários do Banco de Portugal não poupam nos fatos e nas gravatas caras e pagam também? É uma realidade triste e realmente de fácil contestação, mas é também uma realidade que iremos ter que aprender a aceitar: a realidade de que os que têm mais dinheiro são os que sofrem menos, porque são também os que têm mais poder.

    O Banco de Portugal não é obrigado a seguir as medidas do Estado português, no entanto penso que como “estamos todos no mesmo barco”, por uma questão de justiça e por solidariedade aos portugueses que estão a fazer esforços, o Banco de Portugal deveria igualmente abdicar dos subsídios já referidos. Mas isto é o que deveria e o que é considerado mais correcto. Contudo, quem é que vai renunciar ao 13º e 14º ordenado por uma questão moral e de realizar o mais correcto?

    Catarina Castela

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