quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Brasileiros desistem dos Estaleiros de Viana


Económico com Lusa
05/02/13 09:37



O grupo russo RSI Trading ficou sozinho na corrida à venda dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo.

Isto porque os brasileiros da Rio Nave desistiram do negócio, avançou a Lusa citando fonte governamental.

A Rio Nave, um dos dois grupos seleccionados para a última fase da reprivatização dos ENVC, já comunicou a intenção de "não manter" a proposta pelos ENVC, face à "indefinição" de Bruxelas em autorizar a conclusão do negócio.

A venda da empresa está suspensa desde Dezembro devido a pedidos de esclarecimento apresentados pela Comissão Europeia ao Governo português por dúvidas na atribuição de apoios estatais aos ENVC de 180 milhões de euros.

Hoje elementos dos ministérios das Finanças e da Defesa têm uma reunião na Comissão Europeia a propósito deste processo de investigação.

O objectivo passa por convencer as autoridades comunitárias da necessidade de "concluir rapidamente" a venda da empresa e "salvaguardar os postos de trabalho", adiantou a mesma fonte.

Apesar deste impasse, o grupo RSI Trading já confirmou o prolongamento por mais um mês da validade da proposta, que entretanto expiraria, o mesmo não acontecendo, com os brasileiros da Rio Nave.

"Estamos na corrida e vamos continuar. Mas esta incerteza não é nada positiva e vemos com preocupação a degradação das condições da empresa e da força anímica dos trabalhadores", explicou à Lusa Frederico Casal-Ribeiro, representante em Portugal dos interesses dos russos RSI Trading.

Em 2012, aquele grupo anunciou que, em caso de vitória neste concurso, pretendia avançar com um plano de modernização da empresa para permitir "um aumento da produtividade e competitividade dos estaleiros", reconhecendo que os ENVC poderão voltar a ter mais de mil trabalhadores, face aos atuais 625.

A empresa RSI Trading integra a Corporação Financeira da Rússia, do magnata Andrei Kissilov, e a entrada no concurso da reprivatização dos ENVC insere-se nos planos de expansão do grupo.

Catarina Araújo  nr.6 11ºG

4 comentários:

  1. Portugal encontra-se ainda numa grande crise económica e orçamental, apesar de nos últimos meses estar a conseguir uma volta positiva no seu défice externo, prevendo-se inclusive, que consiga voltar aos mercados no curto prazo.
    Uma das ferramentas que o Estado tem para conseguir receita para fazer face às suas despesas correntes e dívidas, são as privatizações. Assim, foi feito um concurso para a privatização dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, onde de todos os concorrentes, ficaram para a última fase, a empresa brasileira Rio Nave e a empresa russa RSI Trading. Infelizmente, conforme nos diz a notícia, os brasileiros já desistiram, mantendo-se apenas os russos na RSI Trading.
    Espera-se que a empresa RSI Trading também não desista, pois esta privatização será uma forma do Estado português encaixar dinheiro e ainda conseguir-se viabilizar uma empresa portuguesa, os ENVC, mantendo-se os 625 postos de trabalho que atualmente a empresa tem.

    Rita Patrício

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  2. A notícia remete-nos para o facto de que o grupo russo RSI Trading ter ficado sozinho na venda dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) devido à desistência dos brasileiros do Rio Nave no negócio.
    Sabemos que a privatização consiste na transfeência deuma empresa do Estado para uma empresa privada. A Rio Nave é um dos grupos seleccionados para a última fase da reprivatização dos ENVC. É certo haverão mais vantagens ao privatizar esta empresa, na medida em que haverá um aumento da prodututividade e competitividade dos estaleiros, e haverão mais cargos de trabalho. Porém, a venda desta empresa ainda está suspensa devido às restrições da União Europeia.
    Concluindo, visto a crise económica a que Portugal está a ultrapassar, as privatizações têm sido, cada vez mais, uma medida para o défice do nosso país a curto prazo.

    Marina Reis

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  3. A Rio Nave (grupo brasileiro) desistiu do processo de privatização dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) devido à investigação da Comissão Europeia a eventuais financiamentos ilegais do Estado à empresa. Apenas a RSI Trading (grupo russo) ficou na corrida à venda dos ENVC.
    Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo são uma empresa de carisma no distrito de Viana do Castelo, empregando 625 trabalhadores. Este problema não é apenas económico, mas também social.
    O adiamento do processo de reprivatização dos ENVC implica a diminuição da competitividade na venda, pois nesta fase só existe um comprador, a RSI Trading.
    Este processo de reprivatização tem que ser concluído o mais rápido possível pois os ENVC estão numa preocupante situação financeira (não têm viabilidade económica), não podendo prolongar mais esta situação.
    A reprivatização dos ENVC trará maior competitividade aos estaleiros e aumentará a produtividade e o número de trabalhadores.

    Francisco Canas, nº28

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  4. É cada vez mais frequente a necessidade de privatizações de empresas em Portugal. O Estado encontra-se sobrecarregado de despesas e ao atravessar por uma crise destas os lucros das empresas na generalidade vão diminuir (devido à diminuição do poder de compra e da consequente diminuição do consumo), o que significa que as receitas provenientes dos lucros das empresas públicas irão também diminuir. Nestas alturas as privatizações aparecem como uma solução para o Estado, uma vez que ao transferir a empresa para o domínio de privados se vê livre do pagamento de vencimentos, da manutenção dos materias de trabalho, das despesas da produção e todos os outros custos associados à posse de uma empresa, que nesta situação se vêem superiores aos ganhos e aos lucros que a própria empresa pode gerar. Assim, tendo em conta o prejuízo da empresa e a pena de se desempregar um grande número de pessoas, o que só vai agravar a situação tanto económica como social do país, torna-se fundamental esta privatização. Concluimos então a enorme importância que é a proposta do grupo RSI Trading, visto que este grupo não só tenciona modernizar a empresa, como também aumentar os postos de trabalho. Torna-se assim extremamente necessário que se consiga convencer rapidamente as autoridades comunitárias a concluir a venda da empresa, já que se não for efectuada esta reprivatização, 625 pessoas poderão ir para o desemprego.

    Eu acredito que o aumento das privatizações em geral para grupos importantes que tenham a capacidade de inovar, modernizar e ainda aumentar o número de trabalhadores de uma empresa , seja também um passo importante para o crescimento económico do país e para a saída da crise, pois as empresas tornam-se mais competitivas e combate-se o desemprego e na minha opinião Portugal só conseguirá superar a crise, com a progressiva criação de postos de trabalho.

    Catarina Castela

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